Por: Anderson Gabino
A mais autêntica homenagem que se pode
prestar aos grandes vultos da Pátria é manter viva a lembrança de seus feitos,
interpretar os acontecimentos de que participaram e recolher os dignos exemplos
que nos legaram. As magistrais lições que emanam de suas
incomuns existências constituem a imortal seiva que robustece crenças, revigora
forças para a travessia do presente e inspira a busca do futuro.
Patrono. {Do lat. patronu] S.m. 5. Bras. Chefe militar ou personalidade civil
escolhida com figura tutelar de uma força armada, de uma arma, de uma unidade,
etc., cujo nome mantém vivas tradições militares e o culto cívico dos Heróis. Extraído do Novo Dicionário da Língua
Portuguesa, Ed Nova Fronteira, 1ª Edição
O Marechal de Exército Luiz Alves de Lima e Silva e Duque
de Caxias, foi consagrado, de direito, por Dec. 51929 de 13 mar 1962, como o
Patrono do Exército Brasileiro, onde ele se forjou e de cujo seio emergiu no
cenário nacional, como um dos maiores brasileiros de todos os tempos. Caxias
prestou à Pátria mais de 60 anos de excepcionais e relevantes serviços, como
político e administrador de contingência e inigualados, como soldado de vocação
e tradição a serviço da Unidade, da Paz Social, da Integridade e da Soberania
brasileiras.
Ainda em vida e até nossos dias, o povo, a imprensa,
chefes, escritores, pensadores e historiadores têm procurado defini-lo entre
outros com os seguintes títulos: "Filho querido da vitória; Pacificador;
General invicto; Condestável, escora e espada do Império; A maior espada do
Brasil; O Wellington Brasileiro; Duque de Ferro e da Vitória; O Escravo da
Pátria; Nome ou Espírito Tutelar; Símbolo da Nacionalidade e, Maior Soldado do
Brasil". Por sua monumental obra pacificadora de quatro lutas internas e,
modelares manobras de flanco de Humaitá e Piquiciri na guerra Tríplice Aliança
contra o Paraguai 186570, figura, sem favor nenhum, na galeria dos maiores
capitães da História Militar Mundial.
Sonho manifestado ao adaptar a Doutrina do Exército de
Portugal ao nosso, em 1861, com apoio na experiência que havia colhido em 5
campanhas que até então havia vencido. Doutrina com a qual o Exército
Brasileiro lutou e venceu no Paraguai. Como Ministro da Guerra suas grandes
realizações foram as construções da Escola Militar da Praia Vermelha e a do
Quartel Central do Exército no Campo de Santana. Como cidadão brasileiro seu
ponto culminante foi pacificar a família brasileira, em Ponche Verde, em 1º mar
1845, o que não só pois fim à Revolução Farroupilha, como ao ciclo de lutas
fratricidas que duraram quase 14 anos e iniciadas com sérios desencontros da
Sociedade Brasileira, após a Abdicação de D. Pedro I.
Não há pompas de linguagem, não há arroubos de eloquências
capazes de fazer maior sua individualidade, cujo principal atributo foi a sua
simplicidade na grandeza." O historiador Capistrano de Abreu escreveu
então: "Caxias dispensou as honras militares. Fez bem! As armas que ele
tantas vezes conduziu à vitória, teriam vergonha talvez de não terem podido libertá-lo
da morte." Os restos mortais de Caxias e de sua esposa encontram-se no
Panteon defronte ao Palácio Duque de Caxias e sua invicta espada de 6
campanhas, da qual os espadins dos cadetes do Exército são cópia fiel em
escala, pertence ao Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro do qual foi
sócio. Caxias sublimou as Virtudes Militares de Bravura, Coragem, Abnegação,
Honra Militar, Devotamento e Solidariedade.
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