Por: Redação OD
Enquanto no inverno várias cidades do sul do País registram temperaturas mínimas em torno de zero grau, no Morro da Igreja, em Urubici, na serra catarinense, os termômetros marcam abaixo de zero e as rajadas de vento atingem 160 Km/h. Nesse território está localizado
o DTCEA-MDI, organização subordinada ao Segundo Centro Integrado de
Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (CINDACTA II). Cerca de
40 militares têm a missão de prover os meios necessários para o
controle, a segurança e a defesa do espaço aéreo na região sul do
Brasil. “Nossa posição no estado de Santa Catarina é bem
estratégica e cobre o eixo entre Porto Alegre e Curitiba. O nosso
trabalho é anônimo, mas contribui para que as aeronaves voem com
segurança”, afirma o comandante do DTCEA-MDI, Capitão Tarcísio
Cruz Júnior.
A
unidade conta com radares de vigilância e de meteorologia e sistemas
de telecomunicações, que permitem a comunicação entre pilotos e
controladores de tráfego aéreo. Localizado a 160 Km de
Florianópolis, o Morro da Igreja é considerado um local turístico
para quem deseja tirar uma foto em um lugar tão frio em pleno
Brasil. Mas a rotina dos militares é árdua. Diariamente, eles
percorrem cerca de 30 Km na pequena estrada para chegar até o
Destacamento. Nessa época do ano, é necessário ainda utilizar
roupas especiais sobre a farda. “Nós usamos o abrigo polar que
resiste até uma temperatura de -25°C e botas canadenses para
suportar o frio extremo”, explica o Suboficial Joelson Oliveira
Rocha Melo, encarregado da Seção Técnica.
A
equipe técnica trabalha em sistema de plantão 24 horas para
garantir o funcionamento desses equipamentos. As condições
climáticas severas e adversas tornam o trabalho desses militares um
grande desafio. O clima hostil, exige todo tipo de adaptação, como
o uso de redoma de proteção para os equipamentos, conhecido como
radome. “As antenas são protegidas devido o congelamento, a
velocidade dos ventos, além de proteger do frio os militares que
precisam realizar a manutenção dos radares”, declara o Capitão
Tarcísio. A complexidade da estrutura se justifica pela importância
estratégica da região: além de ser rota do tráfego aéreo de voos
internacionais da América do Sul, no trecho entre as cidades de
Buenos Aires, na Argentina, e São Paulo, no Brasil, atende a um
grande fluxo de aeronaves menores, como táxis aéreos.
São
unidades como a de Morro da Igreja, com desafios logísticos e
operacionais complexos, que alimentam com informações o CINDACTA
II. Para o Coronel Aviador Álvaro Wolnei Guimarães, o Destacamento
é responsável por manter equipamentos imprescindíveis ao tráfego
aéreo na região. “O radar contribui para que 30% de todo
movimento e o fluxo de aeronaves civis do Brasil prossigam seus voos
com as separações seguras e eficientes e abrange a fronteira do
País, provendo controle para que as aeronaves de defesa aérea
impeçam o tráfego de aeronaves não autorizadas e não
identificadas”, revela o comandante do CINDACTA II.
FONTE: Assessoria de Comunicação Social do DECEA
Reportagem: Denise Fontes – jornalista
Fotos: Fábio Maciel / Imagens e edição do vídeo: José Pereira
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