Por: Redação OD
Alguns
voltaram da Segunda Guerra Mundial para contar as suas histórias.
Outros morreram para fazê-las. Então, dando prosseguimento à essa
série de reportagens sobre a participação da Cavalaria no teatro
de operações europeu, conheça os integrantes do Esquadrão Tenente
Amaro, o 1° Esquadrão de Cavalaria Leve (Esqd C L), que tombaram no
cumprimento do dever. Conheça quem são os quatro heróis do então
1° Esquadrão de Reconhecimento (Esqd Rec) mortos em combate.
O
primeiro que faleceu era oriundo do 2° Pelotão do Esquadrão: o
Segundo-Sargento
Pedro Krinski,
de 25 anos de idade. Após as primeiras vitórias da Força
Expedicionária Brasileira (FEB), uma em Massarosa (em 16 de
setembro) e outra Camaiore (em 18 de setembro), um estilhaço de
granada vitimou Krinski
no
dia 24 de setembro de 1944, na região de Camaiore.
O
segundo era o mais jovem dentre os quatro caídos em combate: o Cabo
Benedito,
nascido em 21 de novembro de 1922, morreu após um acidente com arma
de fogo em 17 de novembro de 1944, na região de Casa Franco. O
terceiro, que veio a dar o nome do Esquadrão, foi o Segundo-Tenente
R/2
Amaro Felicíssimo da Silveira,
que havia sido voluntário para ir à guerra.
Em
um primeiro momento, o mineiro teve seu desejo negado, devido ao
excessivo número de oficiais subalternos no então 1° Esqd Rec.
Contudo, conseguiu embarcar com o 2° escalão da FEB e foi
incorporado, na Itália, como oficial de manutenção do Esquadrão.
No dia 20 de novembro, foi escalado para liderar uma patrulha na
região de Montilloco, com o objetivo de estabelecer contato com os
alemães e verificar o poder de fogo inimigo.
Emboscado
pelos alemães, o Tenente
Amaro foi
alvejado por uma rajada de arma automática. Os militares que
compunham a patrulha tentaram resgatá-lo, porém os alemães
mantiveram fogo sob a posição. A patrulha retornou sem o seu
comandante. O corpo do Tenente Amaro
ficou
insepulto durante meses na neve e só seria resgatado quando a região
foi dominada pelos Aliados. Uma mulher italiana teria procurado os
soldados brasileiros para dizer que próximo à sua casa havia o
corpo de um “brasiliano”.
À
sua esposa, a Senhora Ruth
de Albuquerque Silveira,
foi entregue um comunicado breve: “desaparecido em missão”. Mais
tarde, a confirmação oficial: “morto no cumprimento do dever”.
Foi sepultado no Cemitério Militar Brasileiro em Pistoia, na quadra
B, fileira n° 10, sepultura n° 109. Posteriormente, foi agraciado
com as Medalhas de Campanha, Sangue do Brasil e Cruz de Combate de 1ª
Classe.
Em
1949, quatro anos após o término da Segunda Guerra Mundial, o 1°
Esquadrão de Reconhecimento Mecanizado recebeu a denominação
história de “Esquadrão Tenente Amaro”. O último que tombou na
missão foi o Soldado Bernardino
da Silva,
que faleceu na região de Granali em 22 de abril de 1945, no contexto
da Ofensiva da Primavera. Atualmente, o 1° Esqd C L reserva um
monumento, em frente ao pátio de formatura, para lembrar aqueles que
deram as suas vidas para defender a Pátria.
FONTE: CCOMSEx
Nenhum comentário:
Postar um comentário