Por: Redação OD
Após 11 dias de buscas, a
Marinha segue concentrando esforços para encontrar o piloto e o caça A-4 Skyhawk que desapareceram no mar na costa de Saquarema, Região dos Lagos do Rio, no
dia 26 de julho. De acordo com o órgão, o Navio de Socorro Submarino
“Felinto Perry” e o Navio de Pesquisa Hidroceanográfico “Vital de Oliveira”,
que são as principais embarcações do país em cada área de busca, participam das
operações para encontrar o militar e a aeronave. As Fragatas “Constituição”,
“Rademaker”, “Liberal” e “União”, os Navios-Patrulha Oceânico “Apa” e
“Amazonas” e o Navio-Patrulha “Macaé” também fazem parte das buscas para
encontrar o piloto, junto com aeronaves do Exército Brasileiro, da Força
Aérea Brasileira e do Corpo de Bombeiros do Estado do Rio de Janeiro. Mas, até o momento, nenhum
destroço ou vestígio do caça foram encontrados.
O desaparecimento do piloto e do caça A-4 Skyhawk da Marinha aconteceu após um
acidente, durante um treinamento padrão de ataque a alvos de superfície,
em que duas aeronaves se chocaram no ar. Mesmo com o acidente, uma conseguiu
retornar para a base de São Pedro da Aldeia, Região dos Lagos do Rio, enquanto
a outra não foi mais encontrada. O órgão afirma que a queda
foi vista pelo piloto do outro caça A-4 Skyhawk, que também participava do
treinamento e se envolveu no acidente. A Marinha abriu um Inquérito
Policial Militar, que tem prazo para a apresentação de um parecer em até 60
dias após a abertura do processo, no dia 27.
Sinal
da aeronave
A Marinha revelou na terça-feira (2) que a aeronave era vista nos radares do
mapa aéreo brasileiro e sumiu no ponto da queda, em Saquarema. O órgão informou
ainda que o caça não possuía equipamento GPS (Global Positioning System ou
Sistema de Posicionamento Global), mas tinha dois equipamentos Personal Locator
Beacon (PLB), espécie de localizador para o piloto. Eles estavam instalados no
colete, com acionamento manual; e no assento ejetável, com acionamento
automático durante a ejeção do assento. Entretanto, segundo a Marinha do Brasil,
"até o presente momento, não foi detectado qualquer sinal
proveniente desses equipamentos".
Navios deslocados para o local
O navio-sonda de Pesquisa Hidroceanográfico
"Vital de Oliveira", da Marinha do Brasil, atua próximo à costa de
Saquarema desde a quarta-feira (27), junto com outras embarcações. O navio tem 78 metros de
comprimento, possui cinco laboratórios e tem capacidade para 130 pessoas. Entre
os equipamentos estão ecobatímetros multifeixe, perfilador de velocidade do som
e sonar de varredura lateral, esta embarcação pode ser operada remotamente. A outra embarcação que é capaz de efetuar mergulhos
saturados até 300 m de profundidade, o Navio de Resgate de Submarino Felinto Perry é um navio de apoio
completo, equipado com câmaras de descompressão. Ele foi adquirido pela
Marinha do Brasil em 1988 e pode ser utilizado em tarefas de resgate a
submarinos sinistrados e também para combates a incêndios em alto-mar.
Comunicado do Centro de Comunicação Social da Marinha:
Nota à Imprensa V
Brasília, em 05 de agosto de 2016.
A Marinha do Brasil (MB), em
complemento às Notas publicadas anteriormente, informa que as buscas ao piloto
da aeronave AF-1B, desaparecido no mar desde terça-feira (26/07), prosseguem de
forma ininterrupta e, até hoje (05/08), nada foi encontrado. Cabe esclarecer que as aeronaves AF-1
Skyhawk não possuem instalado equipamento GPS para sua localização, mas dispõem
de ELT (Transmissor Localizador de Emergência) no assento ejetável, acionado
automaticamente durante o processo de ejeção; e de uma Baliza de Localização
Pessoal (PLB) no colete do piloto, que deve ser acionada manualmente, em caso
de necessidade. Até o presente momento, não foi detectado qualquer sinal
proveniente desses equipamentos.
A MB está utilizando, diuturnamente,
diversos navios e aeronaves nas buscas ao piloto desaparecido e à aeronave,
tendo participado, até o momento, entre outros: o Navio de Socorro Submarino
“Felinto Perry”, o Navio de Pesquisa Hidroceanográfico “Vital de Oliveira”, as
Fragatas “Constituição”, “Rademaker”, “Liberal” e “União”, os Navios-Patrulha
Oceânico “Apa” e “Amazonas” e o Navio-Patrulha “Macaé”, bem como o apoio de
aeronaves do Exército Brasileiro, da Força Aérea Brasileira e do Corpo de
Bombeiros do Estado do Rio de Janeiro. As condições do mar de ressaca reinantes
nos últimos dias têmdificultado os trabalhos das equipes de busca e salvamento.
Um Inquérito Policial Militar (IPM)
foi instaurado para apurar as circunstâncias do acidente e, encontra-se em andamento,
os trabalhos da Comissão de Investigação de Acidentes Aeronáuticos
(ComInvAAer), estabelecida com o objetivo de identificar os fatores que
contribuíram para o acidente e visando prevenir novas ocorrências.
FONTE: G1 e CCSM
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