Por: Redação OD
O processo de impeachment da presidente
afastada Dilma Rousseff está marcado por um marketing forte do Partido
dos Trabalhadores (PT), que ao não aceitar a derrota na Câmara dos deputados e
no Senado diz que o processo de deposição de Dilma é um golpe. Para o Ministro
das Relações Exteriores, José Serra, do PSDB, não tem nenhum golpe no Brasil.
De acordo com informações da BBC, o tucano disse que a política atual é muito
mais complicada do que foi registrado no período que teve o início do regime
militar, em 1964.
Não há golpe, argumenta Ministro
De acordo com José Serra, não houve nenhuma
intervenção militar no país agora justamente porque com o decorrer dos anos o
Exército foi perdendo a força. Entre 1964 e 1984 o Brasil enfrentou o que
alguns historiadores chamam de "ditadura". O termo não é bem aceito
por militares, que na década de 1980 decidiram colaborar para a volta do
processo democrático no país. “Se o Exército brasileiro ainda tivesse a força que
tinha naquele momento, não tenha dúvida de que já teria tido uma militarização
no país”, explicou José Serra. Durante todo o processo de impeachment de Dilma,
diversos militares tentaram evitar polêmicas e disseram que não havia qualquer
necessidade da participação das Forças Armadas para ajudar a investigação que
agora começa a ser feita contra Rousseff.
Apesar da falta de vontade de uma militarização do
processo constitucional, representantes militares fizeram diversas críticas ao
Partido dos Trabalhadores (PT). Isso porque na convenção do partido deste ano,
um documento traz uma espécie de "mea-culpa" do governo petista, que
avaliou ter sido um erro não ter implementado a nomeação dos líderes das Forças
Armadas pelo presidente da república. Atualmente, os cargos de chefia nas Forças Armadas
seguem a legislação militar, que se diverge um pouco com a Constituição
brasileira. Um soldado, por exemplo, pode cometer um ato considerado crime
militar, mas esse ato não ser criminoso na justiça comum. Alguns crimes, no
entanto, acabam se somando nas duas constituições.
FONTE: br.blastingnews.com/
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