Você já deve ter percebido o quanto os “drones” estão famosos
por aí, né? Além disso, eles têm tido inúmeras utilizações... Drone que entrega
pizza, drones na agricultura e na pecuária, drone nos casamentos, drone no
combate ao Aedes Aegypti, no carnaval, monitorando queimadas, até drone abatido
por moto aquática... ONIPRESENTE, arroz de festa, tá em
todo lugar e virou febre! Na Força Aérea Brasileira, esses robozinhos voadores
são conhecidos pela sigla RPA (a tradução significa Aeronave Remotamente
Pilotada). Quer saber como ele é aplicado por aqui? E a legislação, já conhece?
Então vem com a gente!
Imagine
que você é o Comandante das Forças Armadas do seu país. Tipo no jogo WAR, só
que de verdade. Como adentrar o território inimigo e
mapear as características geográficas, instalações, tropas, aeronaves e carros
de combate? Tudo isso é informação que você precisa saber para não colocar em
risco soldados e recursos, além de aplicá-los estratégica e corretamente. (WAR
conseguiria ser melhor ainda se tivesse essa jogada, né?
Então,
atualmente, essa missão vem sendo cada vez mais desenvolvida pelas RPA (Remotely-Piloted Aircraft),
pois, além de eliminar o risco da perda de vidas humanas, permite um mapeamento
muito mais completo, com tecnologias e sistemas de última geração. Mas primeiro
vamos entender essas "terminologias"!
Você sabe a
diferença entre uma RPA, um VANT ou drone?
Drone é apenas um apelido em inglês, um termo genérico, sem amparo técnico. Em português,
drone significa zangão, zumbido. A terminologia oficial no Brasil é Veículo Aéreo Não Tripulado
(VANT), tradução do acrônimo consagrado pelas organizações reguladoras do
transporte aéreo internacional, o UAV (Unmanned
Aerial Vehicle).
Segundo a legislação atual, caracteriza-se como VANT toda
aeronave projetada para operar sem piloto a bordo, possuindo carga útil
embarcada, como uma câmera de filmagem, por exemplo. Alguns drones utilizados
como hobby, sem qualquer tipo de carga útil,
enquadram-se na legislação referente aos aeromodelos e não a de um VANT.
Já entre os VANT,
há dois tipos diferentes. O primeiro, mais conhecido, é a RPA. Nesse tipo, o piloto não
está a bordo, mas controla a aeronave remotamente de uma interface qualquer
(computador, celular, controle remoto, etc). Já a outra subcategoria de VANT é
a chamada “Aeronave Autônoma”, cujo voo é programado por computadores,
sem participação de um piloto remoto. No Brasil, e em muitos outros países,
Aeronaves Autônomas ainda são proibidas.
A RPA, enfim, é a
terminologia correta quando nos referimos a aeronaves remotamente pilotadas de
caráter não recreativo. Em outras palavras, RPA é o que queremos dizer, na maioria das
vezes, quando nos referimos a drones. A designação de uma RPA independe de sua
forma, tamanho ou peso.
Legislação é coisa
séria!
O documento que regulamenta os voos das RPAs e os procedimentos
e responsabilidades necessários para o acesso seguro ao Espaço Aéreo Brasileiro
é a ICA 100-40 - SISTEMAS DE AERONAVES
REMOTAMENTE PILOTADAS E O ACESSO AO ESPAÇO AÉREO BRASILEIRO do Departamento de Controle do Espaço
Aéreo (DECEA). Para conseguir autorização para voar, é necessário enviar uma
solicitação ao órgão responsável pela área de jurisdição a ser voada.
“À espreita,
Hórus!”
As
Aeronaves Remotamente Pilotadas (RPA) foram incorporadas na Força Aérea
Brasileira a partir de 2010, com o recebimento do primeiro Hermes 450, da empresa
israelense Elbit. Atualmente, são quatro RQ-450 (designação da FAB para o
Hermes 450) e um RQ-900 (Hermes 900), todos baseados no Esquadrão Hórus, em
Santa Maria (RS). Essas aeronaves incorporam: câmeras diurnas e de infravermelho,
sistemas de comunicações aperfeiçoados e um radar que permite fazer imagens
mesmo através das nuvens.
Na
FAB, essas aeronaves são comandadas do solo por aviadores com experiência em
aviões e helicópteros de combate, além de conhecimentos gerais em missões
militares e regras de controle do espaço aéreo. Desde sua criação, o
mais novo integrante da FAB acostumou-se a participar das mais variadas missões
operacionais, como as Operações Ágata, Missões conjuntas com a Polícia Federal,
e também de grandes eventos, como a Visita do Papa Francisco ao Brasil, a
Jornada Mundial da Juventude e a Copa das Confederações, que reuniram centenas
de milhares de pessoas nas maiores capitais do nosso País! E os Jogos Olímpicos
estão logo aí...
FONTE: Força Aérea Blog