Por Anderson Gabino
Como parte
da tradição que demanda na FAB desde 1945, foi mais uma vez tocada, cantada e representada
pelos “Caçadores” à tradicional e famosa “Ópera
do Danilo”, no auditório da Base Aérea de Santa Cruz (BASC) no dia 21 de
abril, antes do também tradicional “Almoço do Caçador”. Só quem já teve a sorte
e o prazer de assistir a ela, pode entender como a história ajuda a traduzir o
que pensam os pilotos da aviação de combate. No auditório da
BASC, pilotos de várias gerações e heróis da história da Aviação de Caça
cantaram em tom uníssono a letra da aventura vivida pelo Tenente Danilo Moura
durante a Segunda Guerra Mundial, esta ópera se construiu em uma forma de se
homenagear o então Tenente Danilo Moura, que tinha sido abatido e depois de
trinta dias de caminhada, o mesmo retornou ao Grupo de Caça, na Itália, os já
falecidos, mas sempre lembrados nas festividades, Major Brigadeiro Meira de
Vasconcelos e o Major Brigadeiro Rui Moreira Lima foram dois coautores da
ópera, escrita em março de 1945, e neste clima de saudosismo e embalados pela
mesma paixão, plateia e atores foram os protagonistas do mesmo espetáculo
musical.
Quem foi Danilo
Moura?
Em 04 de fevereiro de 1945, ao cumprir sua 11a missão de guerra, foi abatido pela artilharia antiaérea inimiga, a sudoeste da cidade de Treviso, na Itália. Saltou de paraquedas, a baixíssima altura, tendo tocado o solo segundos após a abertura do velame. Caiu sentado e na violência do impacto mordeu sua língua, o que lhe provocou dificuldades para a fala. Foi socorrido e escondido por simpatizantes italianos.
Cansado da vida no esconderijo, resolveu tentar regressar, atravessando as linhas inimigas. Contrariando todas as instruções quanto à fuga, conseguiu retornar às linhas amigas, andando a pé mais de 340 km, utilizando a luz do dia e as estradas principais. Sua história tem sido narrada muitas vezes em livros e revistas, tendo inspirado a famosa paródia chamada “Ópera do Danilo”, cantada em todas as reuniões de caçadores pelos pilotos do 1o Grupo de Caça.
Em 04 de fevereiro de 1945, ao cumprir sua 11a missão de guerra, foi abatido pela artilharia antiaérea inimiga, a sudoeste da cidade de Treviso, na Itália. Saltou de paraquedas, a baixíssima altura, tendo tocado o solo segundos após a abertura do velame. Caiu sentado e na violência do impacto mordeu sua língua, o que lhe provocou dificuldades para a fala. Foi socorrido e escondido por simpatizantes italianos.
Cansado da vida no esconderijo, resolveu tentar regressar, atravessando as linhas inimigas. Contrariando todas as instruções quanto à fuga, conseguiu retornar às linhas amigas, andando a pé mais de 340 km, utilizando a luz do dia e as estradas principais. Sua história tem sido narrada muitas vezes em livros e revistas, tendo inspirado a famosa paródia chamada “Ópera do Danilo”, cantada em todas as reuniões de caçadores pelos pilotos do 1o Grupo de Caça.
Danilo era o irmão caçula do então
Ten.-Cel.-Av Nero Moura, comandante do 1º Grupo de Caça durante a 2ª Guerra
Mundial. Ao retornar a Pisa, continuou na sua função de chefe da garagem, porém
não pode efetuar mais nenhuma missão de guerra, pois se fosse novamente abatido
e feito prisioneiro, poderia ser considerado pelo inimigo como sendo um espião
e certamente seria fuzilado. Foi promovido a segundo-tenente em 25
de outubro de 1944. Após a guerra, ao regressar ao Brasil, pediu baixa da
FAB e ingressou como piloto civil na Panair do Brasil, onde serviu como piloto
por muitos anos, tendo chegado ao posto de "Master Pilot", voando
como comandante de aeronave Constellation. Com a extinção da Panair,
radicou-se como fazendeiro da região de Coioêre, Paraná. Foi casado com a Sra
Maria Isolina Krieger, tendo 5 filhos. Faleceu no dia 14 de maio se 1990, na
cidade do Rio de Janeiro, RJ.
Nota do Editor: Agradeço ao Srº Luis Gabriel, proprietário e editor do site "Sentando a Pua", que cedeu gentilmente o vídeo do evento deste ano.
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