Por: redação OD.
Parabéns Tenente Coronel Carlos Miranda, pelos seus 87 anos de existência, completos nesse dia 29 de julho. Que Deus continue lhe abençoando, hoje e sempre... “Nessa longa estrada da vida”
Conheça um pouco da história do Vigilante Rodoviário!
O Ator
Carlos Miranda, ator do primeiro seriado produzido especialmente para a televisão em toda a América Latina, com o maior índice de audiência já registrado no Brasil, nasceu em São Paulo, capital, a 29 de julho de 1933.
Começou sua carreira como cantor de circo e de parques de diversões aos 15 anos, logo em seguida indo trabalhar nas empresas Maristela e freqüentando os grupos do Teatro Popular do SESI, onde fez curso de ator, estreando na peça “O Ídolo das Meninas” de Gastão Tojeiro, levada no teatro Colombo no Largo da Concórdia em São Paulo, hoje Praça da Concórdia (o teatro já não existe mais). Trabalhou nos estúdios da Maristela no Jaçanã até o seu fechamento. De lá saíram os equipamentos para a montagem do primeiro estúdio de dublagem de filmes estrangeiros do Brasil.
O seriado “Vigilante Rodoviário”, era patrocinado pelos produtos Nestlé e o nome da série para a TV era para ser: “O Patrulheiro” e o registro foi feito naquela ocasião, porém pouco antes da data de lançamento, a Toddy (Achocolatados) estreou um seriado estrangeiro com o titulo “Patrulheiros Toddy”. O Sr. Ary Fernandes (Criador e diretor da série “Vigilante Rodoviário”), em reunião com o Sr. Gilberto Valtério (Diretor da Nestlé), sugeriu o embargo da concorrente pelo uso do título registrado, mas este diretor da Nestlé, solicitou ao Sr. Ary Fernandes que colocasse outro nome no seriado, para evitar conflitos com uma concorrente do mesmo seguimento de mercado, sendo assim o Sr. Ary rebatizou sua série, com o nome que a fez tão famosa até os dias de hoje.
O seriado “Patrulheiros do Oeste” existiu, porém foi exibido pela TV muitos anos depois do “Vigilante Rodoviário”.
O primeiro episódio da série O Vigilante Rodoviário®, foi ao ar em março de 1961, na Rede Tupi Canal 4 numa (4ª) quarta-feira, às 20:05pm. Já no primeiro mês de exibição disparou na frente dos concorrentes para se tornar o campeão de audiência com a expressiva marca de +-45%. Como na época só 30 % das casas possuíam televisão, o produtor e o diretor acharam importante transformar a série em um filme de longa metragem, unindo 4 episódios e em seguida mais 4. O lançamento foi no cine Art-Palácio em São Paulo, resultando em uma divulgação nacional e assim , um fenômeno de bilheteria.
Curiosidades a respeito da produção não faltam: como o orçamento era apertado foram convidados a fazer parte do filme atores em início de carreira como: Fulvio Stefanini, Rosamaria Murtinho, Ari Fontoura, Stenio Garcia, Juca Chaves, Ari Toledo, Toni Campelo, Milton Gonçalves, Luis Guilherme, e outros. Hoje são nomes conhecidos nacionalmente.
Na época não havia televisão colorida, vídeo tape, e o equipamento era simples de cinema profissional de bitola de 35 mm. Para ser exibido em televisão era reduzido para 16 mm.
A Série
01- A história do Lobo
02- Os cinco valentes
03- O recruta
04- Bola de meia
05- O ventríloquo
06- Extorsão
07- Jogo decisivo
08- Pânico no ring
09- Zuni, o potrinho
10- A orquídea glacial
11- Remédios falsificados
12- Os romeiros
13- A repórter
14- Diamante Gran Mongol
15- O fugitivo
16- Aventura em Ouro Preto
17- Chantagem
18- O homem do realejo
19- A eleição
20- A pedreira
21- O pagador
22- O sósia (O Aventureiro)
23- Aventuras do Tuca
24- O invento
25- Terras de ninguém
26- O rapto do Juca
27- Aventura em Vila Velha
28- Pombo-correio
29- Ladrões de automóveis
30- O suspeito
O Oficial
Após o término da série em 1962, Carlos foi convidado pelo então Comandante Geral da Força Pública General de Exército João Franco Pontes para ingressar na carreira de policial, pois para interpretar o personagem do Vigilante, ele tinha feito a escola de Policiais Rodoviários em Jundiaí.
Depois de 25 anos na Polícia, e tendo feito todos os cursos na corporação, em 1998 passou para a reserva como Tenente Coronel PM RES.
O Legado
Hoje Carlos Miranda participa de encontros de colecionadores de carros antigos, além de dar palestras e de se apresentar em comemorações de festas cívicas como símbolo das Polícias.
O sucesso da série, lembrada até hoje pelas pessoas com mais de 45 anos, é digno de estudos na área de propaganda e marketing, bem como na de antropologia e sociologia.
Em 2017 foi inaugurado o acervo do Comando de Policiamento Rodoviário que eterniza o nome do “Vigilante Rodoviário” e parte de toda a sua história.
Fonte: Polìcia Militar do Estado de São Paulo/Comando de Policiamento Rodoviário do Estado de São Paulo.
Grande Carlos Miranda!
ResponderExcluirO eterno Vigilante Rodoviário e seu fiel cão Lobo. "Entrou" tanto no seu personagem que resolveu personaliza-lo na vida real e a PRSP ganhou um excelente policial. Eu não perdia um só capítulo da série! Parabéns pelo 84º aniversário e que muitos outros venham, com saúde e alegria!
Cláudio Severino da Silva, de Porto ALegre/RS