Mariners desembarcam de um LCAC, para iniciar a parte de manobra tática de desembarque anfìbio do exercício Dawn Blitz, 27/10/2017. Foto Jailene Casso via USMC. |
Por CF (FN) Maurilo de Souza Vilas Boas
Introdução
O caráter do conflito nas regiões litorâneas do mundo é muito dependente do Poder Naval. O Poder Naval, neste caso, refere-se ao exercício do hard power por meio do emprego de força ou ameaça de emprego a fim de alcançar objetivos militares e políticos em regiões marítimas vitais para os interesses de uma Nação.
As Operações Navais devem ser capazes de criar ou negar o acesso às regiões contestadas e aos pontos de estrangulamento marítimos estratégicos. Existem diversos gargalos estratégicos em todo o mundo nos quais as Linhas de Comunicações Marítimas (LCM) podem ser cortadas.
A maioria desses pontos de estrangulamento estão localizados em regiões voláteis do globo, como o Mar Mediterrâneo Oriental, o Mar do Sul da China, o Mar do Japão, o Oceano Índico e o Golfo Pérsico. Proteger esses pontos é de vital importância estratégica para os Estados Unidos da América (EUA) e seus aliados, no entanto está se tornando cada vez mais arriscado para o Poder Naval norte-americano defender tais posições da maneira, até então, tida como tradicional.
O crescimento massivo da capacidade anti-superfície por parte dos adversários pares dos EUA, notadamente Rússia e China, fruto do desenvolvimento dos mísseis balísticos hipersônicos de precisão, bem como o emprego de táticas navais irregulares tais como a utilização em enxame de pequenas embarcações artilhadas e o emprego indiscriminado de embarcações civis realizando levantamentos de Inteligência, está forçando que suas principais plataformas navais de dissuasão – os imensos porta-aviões e suas poderosas Forças Anfíbias – sejam obrigadas a ficarem cada vez mais longe do cenário operacional uma vez que tais meios tornaram-se alvos em potencial.
Tal realidade defensiva, aplicada por meio da Estratégia conhecida com A2/AD (1) (termo em inglês para Anti-Access/Area Denial), tem colocado os EUA em uma posição muito vulnerável à medida de que não podem abrir mão das LCM e nem colocarem em risco as belonaves "insubstituíveis" de sua frota naval, uma vez que atual aversão ao risco tornariam tais perdas praticamente inaceitáveis, forçando a escalada do conflito diretamente para o emprego total da força.
Alguns dos atuais encarregados de desenvolverem a doutrina naval norte-americana, e seus Conceitos Operacionais decorrentes, entendem que a ameaça A2/AD não é um fenômeno novo. Pelo contrário, é apenas uma manifestação moderna do que historicamente tem sido chamado de Estratégia de Negação do Uso do Mar.
Conscientes em não haver uma solução mágica que resolva todos os problemas, as ações de desenvolvimento da Força têm procurado focar uma sólida arte operacional ao empregar uma combinação de capacidades, atuais e antigas, a fim de gerar Forças Navais capazes de alcançar os resultados desejados.
China e Rússia estudaram cuidadosamente suas forças nos últimos dezoito anos nos quais os EUA permaneceram operando no Iraque, Afeganistão e outros países do chamado Arco da Instabilidade em uma longa, e ainda inacabada, campanha de Contra Insurgência. Após isso, fica claro que reorganizaram seus serviços militares com o foco específico nas principais vulnerabilidades estadunidenses, claramente dependente de meios muito robustos, tecnologicamente vulneráveis e extremamente demandantes em termos logísticos.
Com a realidade da Geografia e do problema A2/AD em mente, as Forças Conjuntas requerem opções e capacidades adicionais a fim de obterem o Controle do Mar. Nesse contexto, o United States Marine Corps (USMC) pode fornecer essa força aditiva criando de uma Força Anfíbia com capacidade para conduzir operações que penetrem a defesa do inimigo com o propósito de facilitar a atuação do Poder Naval nas regiões litorâneas de seu interesse.
O texto a seguir busca trazer uma breve análise das principais capacidades que o USMC vem buscando desenvolver a fim de continuar oferecendo opções estratégicas críveis frente ao problema militar que vem se delineando, principalmente no cenário operacional do ÍndicoPacífico.
Mudança de paradigmas e o Controle do Mar
Como prescrito pelo físico e filósofo Thomas Kuhn, mudanças de paradigmas acontecem quando hipóteses fundamentais sobre as quais construímos nossa visão de mundo são colocadas a efeito. Ao que parece ser uma mudança no caráter da guerra (2), ou pelo menos do ponto de vista norte-americano, as atuais ameaças representadas pelos armamentos de precisão hipersônicos dos seus inimigos estão forçando uma profunda análise no atual formato de combate de suas Forças, notadamente dos serviços navais.
Tal análise advém dos resultados obtidos nos diversos jogos de guerra conduzidos pelo USMC e pela United States Navy (USN) mostrando que qualquer concentração estratégica de forças e a manutenção das longas cadeias logísticas com origem em solo norte-americano serão ameaçadas pela simples ameaça de emprego desses armamentos.
Da mesma forma, três de seus principais pilares de sua sustentação estratégica de combate, estarão igualmente ameaçados: as longas pistas de pouso para os bombardeiros estratégicos, os portos de águas profundas que comportem seus enormes navios de carga e de combate e seus gigantescos porta-aviões.
China e Rússia continuam dando provas que manobram com desenvoltura a chamada Guerra Híbrida (3) colocando as democracias ocidentais em uma situação de vulnerabilidade, uma vez que não estão organizadas, equipadas e adestradas para operar nesse espectro do conflito. O modo de atuação russo na Geórgia, Península da Criméia e Região do Donbass demonstram que suas ações de anexação foram eficazes, com um emprego mínimo de força, deixando estáticas qualquer reação militar por parte dos países que formam a Organização do Tratado do Atlântico Norte.
De forma similar, a estratégia chinesa para a criação de ilhas artificiais no Mar do Sul da China, presumidamente aumentando sua extensão territorial marítima, comprovam que as opções estratégicas representadas pelos pilares da Diplomacia, Inteligência, Militar e Economia conseguem praticamente fundirem-se, borrando a atual percepção das opções estratégicas que esses países vêm empregando a fim de porem em prática sua vontade política.
Para os mais céticos, basta analisar a opção do governo russo de sacrificar a saúde financeira da empresa estatal de gás GASPROM com o objetivo único de controlar o valor do gás exportado para os países da Europa, impondo taxativamente, sua agenda Geopolítica na região. Após a queda da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas, os EUA assumiram seu previsível papel de única potência militar e acomodaram-se com uma falsa presunção do domínio dos mares.
Desde então, assumiram que a construção de navios cada vez maiores bastaria para sustentar sua contundente diplomacia naval representada pelos seus colossais navios aeródromos de propulsão nuclear. Não sendo mais uma situação presumível com a qual os EUA possam contar, o Controle de Área Marítima - CAM (4) deverá ser então conquistado.
Como dito pelo General Berger (5), visões de uma Força-Tarefa Anfíbia, emassada a nove milhas náuticas da costa no Mar da China Meridional, se preparando para lançar sucessivas vagas de embarcações e viaturas anfíbias são impraticáveis e irracionais. A chamada Cooperative Strategy for 21st Century Seapower afirma que estabelecer o Controle do Mar pode exigir que o poder em terra seja projetado para neutralizar as ameaças ou controlar as porções terrestres dos litorais contíguos às porções marítimas contestadas.
Da mesma forma, projetar e sustentar o poder em terra requer o estabelecimento do CAM nos mares adjacentes e no espaço aéreo sobrejacente. Nesse contexto, o eixo fundamental do USMC parece mudar seu foco iminentemente terrestre, ao menos nos últimos anos, e voltar às suas origens operando primariamente em favor da Força Naval integrando, assim, seus recursos de forma a alavancarem suas mútuas capacidades.
Aliado e esse pensamento, conforme publicado na Commandant’s Planning Guidance (6) (CPG), a principal diretriz estratégica buscada por seu Comandante-Geral é descobrir como fazer com que o USMC passe a ser uma extensão da Força Naval em terra, e não simplesmente um vetor para a realização de Operações Anfíbias.
O problema operacional
A fim de tornaram-se mais eficazes, os recursos empregados para a estratégia A2/AD do inimigo devem ser agrupados e integrados. Devido ao custo relativamente alto desses sistemas para a maioria dos inimigos, é provável que eles somente consigam acumular, comparativamente, pequenas quantidades de meios enquanto cobrem outras áreas com sistemas menos capazes.
A dispersão de uma Força Anfíbia em uma grande área aumentaria a necessidade de recursos do inimigo. Com o intuito de buscar que o inimigo se depare com o dilema de acumular recursos A2/AD em alguns locais ou dispersá-los em uma tentativa vã de oferecer resistência a qualquer lugar, algumas soluções vêm sendo estudadas.
Nas duas últimas décadas, os EUA iniciaram suas grandes operações de combate com uma salva, quase ritual, de mísseis de cruzeiro Tomahawk contra instalações de Comando e Controle (C2) e Defesa Antiaérea do inimigo. Essa previsibilidade pode funcionar para induzir seus inimigos a defenderem essas instalações, em vez de porções da costa para a eventual realização de uma Operação Anfíbia.
Dessa forma, embarcações de baixo custo imitando a silhueta de navios anfíbios e equipadas com emissores que imitam suas assinaturas eletromagnéticas teriam capacidade para atrair os fogos dos sistemas de defesa inimigos. Além disso, modificar os navios de desembarque para parecerem navios de pesca ou navios mercantes permitiria que uma Força de Desembarque ganhasse um elemento de surpresa tática precioso e negasse aos sofisticados recursos A2/AD a aquisição de alvos.
De acordo com a análise jurídica dos EUA, tais iniciativas estariam de acordo com o prescrito no Direito Internacional Marítimo. Tal abordagem é bastante discutível, mas vem ganhando apoiadores nos altos círculos militares, uma vez que seus inimigos vêm adotando esse formato irregular de operação no domínio marítimo trazendo o combate naval para uma arena até então pouco conhecida dos EUA.
Outra face do problema operacional diz respeito às Maritime Prepositioning Force (7) (MPF). A atual concepção de emprego da MPF envolve um processo de várias semanas para que todos os equipamentos de uma Marine Expeditionary Brigade (8) (MEB) sejam descarregados. Atualmente os equipamentos são transportados em cinco navios do tipo Panamax, sendo necessário em porto que possua, pelo menos, quarenta pés de calado. Pelos motivos já expostos, tamanha concentração de equipamentos e militares na mesma área representa uma enorme ameaça ao atual formato de concentração estratégica do Poder Naval norte-americano.
Figura 2 - Navio da MPF. Fonte: https://www.candp.marines.mil/Organization/MAGTF/Maritime-Pre-Positioning-Force-MPF/ |
O desafio do Poder Naval nos espaços marítimos confinados
Os Estados Unidos acreditam que a USN seja capaz de vencer qualquer outra Marinha do mundo em um conflito em mar aberto. No entanto, o próximo desafio estará em combater nos mares fechados e confinados, onde presumidamente seus maiores adversários contam com capacidade terrestre suficiente para realizarem uma defesa anti-superfície eficaz.
A vantagem assimétrica entre a defesa terrestre e os navios cresceu exponencialmente em favor do primeiro. Tal constatação deve-se ao fato do elevado incremento nas capacidades de Inteligência, Vigilância e Reconhecimento, sistema de armas e aeronaves que provocaram um substancial aumento no alcance para detecção e engajamento, versus as atuais capacidades dos meios navais.
Particularmente, para o USMC, a tarefa também não se mostra simples(9). Precisam buscar ser uma Força Expedicionária em prontidão que seja capaz de operar em um ambiente marítimo contestado em suporte à USN. Entendem que dentro do espaço de batalha naval integrado as Forças Navais podem exercer ou apoiar as tarefas de CAM e Negação do Uso do Mar a partir de Acidentes Capitais (10) terrestres adjacentes aos mares confinados.
Nesse contexto, o USMC é essencial, uma vez que são capazes de combater nas porções contíguas das massas terrestres a fim de propiciarem o alcance de tais níveis de controle do mar.
“O ponto focal da futura Força Naval integrada será a mudança do atual conceito de "Projeção de Poder" sobre terra para nos alinharmos aos novos desafios associados à manutenção de uma persistente presença naval avançada que permita a condução de tarefas do Controle do Mar e da Negação do seu uso.” (BERGER, CPG)
Os seus inimigos precisam ter a percepção que o USMC é capaz de operar dentro ou mesmo na retaguarda da sua "Área de Operações" com pequenas forças móveis distribuídas, com baixas assinaturas (11), prontas para tomarem atitudes hostis e possuidoras de um amplo pacote de ferramentas disruptivas(12).
Os principais Conceitos Operacionais que buscam uma solução para o problema
A análise dos Conceitos Operacionais, ora em desenvolvimento pelo USMC e USN, podem fornecer algumas pistas para entender como ambos buscam adquirir as capacidades pretendidas para operação nesse ambiente contestado. Obviamente, como a maior parte da concepção dos conceitos encontra-se hoje em estágios variados de desenvolvimento e testes, podemos entender que o acesso a qualquer tipo de informação mais apurada encontra elevado nível de restrição.
No entanto, baseado em informações desclassificadas, tentaremos destacar os pontos principais de cada conceito a fim de buscarmos um entendimento mais amplo da questão.
Os conceitos sumariamente descritos abaixo não encerram uma solução única em si mesmos. Pelo contrário, são paralelos e complementares.
Operações Litorâneas em Ambiente Contestado
(Littoral Operations in a Contested Environment – LOCE)
O conceito encapsulado no LOCE(13) descreve como uma Força Naval integrada, operando a partir de locais dispersos, tanto em terra como em superfície, alcançará o CAM local e a Projeção de Poder em áreas litorâneas contestadas.
Hoje, uma variada gama de sensores e armas modernas se estende por centenas de quilômetros tanto em direção ao mar quanto em direção à terra. Tal composição obscurece a distinção entre operações no mar e em terra e exige uma abordagem operacional que trate os litorais como um espaço de batalha singular e integrado.
Dependendo da situação, a área operacional designada pelo Comandante do Teatro de Operações deve incluir uma porção terrestre contígua ao litoral a fim de permitir a rápida neutralização das ameaças terrestres à Força Naval. A capacidade do Conjugado Anfíbio (14) para projetar múltiplos elementos de uma Força de Desembarque em inúmeros pontos de entrada amplamente dispersos, poderia confundir o adversário, complicar seu ciclo decisório e forçá-lo a dissipar sua defesa sobre uma área muito mais ampla.
Operações de Bases Expedicionárias Avançadas
(Expeditionary Advanced Bases Operation – EABO)
O conceito EABO(15) busca distribuir ainda mais a letalidade, oferecendo opções baseadas em terra para aumentar o número de sensores e sistemas de armas, além do limite imposto pela quantidade de plataformas marítimas disponíveis.
Assim, o EABO advoga o emprego de recursos móveis de baixo custo empregados em locais temporários e austeros, a fim de controlarem porções de terreno que venham a proporcionar segurança para as LCM. O conceito pretendido pelo EABO envolve a capacidade de combater dentro do alcance dos fogos inimigos, as chamadas Stand-In ou Inside Forces.
Essa capacidade, segundo demonstram os resultados obtidos nas simulações conduzidas, criaria uma defesa integrada marítima em profundidade nas cercanias dos Acidentes Capitais a fim, seletivamente, negar acesso aos mares confinados. Assim, essas Inside Forces precisam ser projetadas para atuar como uma Força Naval Avançada dentro do arco de alcance de detecção e engajamentos do inimigo.
Sua organização, adestramento e equipamentos as permitirão minimizar os riscos operacionais, serem passivamente defendidas, tomarem vantagem da proximidade dos aliados norte-americanos, serem mais resilientes, inverterem a balança dos custos envolvidos e criarem incertezas para o inimigo.
Tais bases, interligadas aos sistemas de C2 dos meios navais, como o caso do sistema "Aegis16" em operação em diversos meios navais da USN, poderiam prover fogos de longo alcance para neutralizarem as ameaças adversárias, principalmente seus meios navais.
Segundo visionado pelo USMC, essa organização deve possuir recursos semiautônomos altamente móveis, modulares e com capacidade de operação remota para realizarem as seguintes tarefas: Identificação, Vigilância e Aquisição de alvos; Defesa contra mísseis de cruzeiro de superfície; Guerra de Superfície; Defesa Aérea; Apoio de Fogo de precisão de longo alcance e Guerra Eletrônica.
Com o USMC capturando, mantendo e montando posições avançadas em terra, o escudo de mísseis da USN seria estendido e o risco para as LCM reduzido. De uma forma geral, o USMC poderia mover o perímetro de defesa da Força Conjunta para mais perto dos pontos de origem da ameaça adversária, proporcionando mais espaço disponível para organização e manobra da Força Naval.
Da mesma forma, as Forças de Operações Especiais ganhariam ativos adicionais de Apoio de Fogo para suas operações de modelagem durante a preparação do ataque principal.
Conclusão
Mudanças conceituais envolvem a aceitação de riscos. Novas habilidades precisam ser desenvolvidas a fim de cobrirem lacunas que aparecerão fruto das inovações buscadas.
Assim parece que o USMC chegou a um ponto de inflexão e precisa se reorganizar para continuar oferecendo valiosas opções estratégicas para os decisores nos seus diversos níveis.
Para conseguirem projetar essa Força Futura em qualquer conflito porvir deverão reimaginar suas capacidades a fim de se tornem mais resistentes, com menores riscos envolvidos em caso de perdas e mais ágeis no seu emprego.
O desafio maior será moldar uma nova força capaz de se tornar menor e mais barata cortando algumas capacidades que serviram no passado, mas não são mais apropriadas para os desafios futuros.
Ao mesmo tempo, precisam ser capazes de imporem riscos desproporcionais ao inimigo. Assim é preciso tentar inverter a balança dos riscos e dos custos, hoje pendendo a favor dos seus adversários.
Como componentes do serviço naval o USMC e a USN precisarão integrar-se em níveis ainda não conhecidos para juntos alavancarem suas capacidades e minimizarem suas deficiências, uma vez que estarão operando sob as mesmas ameaças.
Provavelmente uma abordagem assimétrica precise ser avaliada fazendo com que sejam capazes de operarem eficazmente na zona cinza do conflito. Para isso precisarão de novas organizações, novos equipamentos e adestramento específico. Inequivocamente, precisarão descobrir uma solução de compromisso que os permita manter a dispersão e, quase concomitantemente, serem capazes de conseguirem provocar o princípio da Massa quando e onde o desejarem.
1 - Os fundamentos da A2/AD preveem o emprego de diversas armas e sistemas integrados das FFAA de um país, dispostos em camadas, conferindo profundidade à sua defesa.
2 - Apesar de não envolver nenhuma alteração na natureza da guerra, conforme reconhecido pelos seus principais pensadores.
3 - De acordo com o Departamento de Defesa dos EUA, também conhecida como zona cinza do conflito e conflitos de baixa intensidade, apesar de ainda pairarem várias divergências sobre a classificação do termo.
4 - Tarefa Básica do Poder Naval que consiste em controlar, garantindo certo grau de utilização, ainda que temporário, de áreas marítimas limitadas, fixas ou móveis, e sendo exercido na intensidade adequada à execução de atividades específicas.
5 - Atual Comandante-Geral do United States Marine Corps.
6 - Diretriz de Comando emanada pelo Gen Berger, logo após sua assunção de cargo em JUL2019.
7 - Força estratégica de transporte naval composta por dois esquadrões (sete navios cada), operada pelo Governo norteamericano, que transporta os equipamentos do USMC e da USN necessários para a edificação do Poder de Combate.
8 - GptOpFuzNav do tipo Brigada Anfíbia.
9 - Vale mencionar que a estratégia terrestre do US Army para enfrentar a capacidade A2/AD do inimigo é a chamada “roll back”. No entanto, alguns analistas consideram que ela tende a provocar uma prematura escalada do conflito.
10 - Nesse contexto, entenda-se Acidentes Capitais como sendo as porções terrestres dos litorais contíguos às porções marítimas contestadas. Ex: Estreito de Gibraltar, a primeira cadeia de ilhas no Mar do Sul da China, etc.
11 - Assinaturas termais, visuais, acústicas, radar, eletromagnéticas, etc.
12 - Tecnologia ou conjunto de tecnologias que alteraram a simetria entre os Poderes de Combate dos contendores.
13 - Conceito produzido de forma conjunta entre o Navy Warfare Development Command (NWDC) e o Marine Corps Warfighting Laboratory (MCWL).
14 - Grupamento Operativo de Fuzileiros Navais embarcado em uma Força Naval, juntamente com os meios aeronavais adjudicados. 15 Ainda em fase de experimentação operacional.
16 - O sistema de armas AEGIS é um sistema de armas superfície-ar integrado responsável pela defesa aérea de um grupo de batalha naval.
Referências:
BERGER, David. Commandant`s Planning Guidance. Jul. 2019.
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