Um radar de projeto e fabricação 100% nacional, e que opera na banda X, ou seja, entre 8 e 12 GHz e que está sendo desenvolvido pelo Centro Tecnológico da Marinha em São Paulo (CTMSP) e a Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP), o Gaivota-X, parece ter sido o pivô da desistência da Marinha do Brasil em escolher o Mastro Integrado da Thales para dotar as futuras corvetas, desde o início do projeto da atual Barroso, o Almirantado apostou em um produto com alto índice de itens nacionais e diante da recusa da Thales de integrar radares nacionais ao seu IMast 100, e assim preferiu-se dar andamento a solução nacional, foi um dos projetos apresentado e exposto na 1ª Rio International Defense Exhibition (RIDEX 2018), ocorrida semana passada entre os dias 27 e 29 de junho, nos armazéns 3 e 4 do Píer Mauá.
Com
um custo até agora de R$ 6 milhões (se comparado a uma aquisição
nova, o valor e baixíssimo) de uma verba, cujo o seu montante chega à R$ 19.277.685,00 para o seu desenvolvimento, o radar se mostra
altamente viável, observando que todo o sistema será de âmbito e
domínio nacional. Esse tipo de radar é muito sensível, o que
proporciona uma imagem bastante clara e detalhada do contato radar,
facilitando o reconhecimento e consequentemente a natureza de sua
procedência (amigo ou inimigo). O Gaivota-X, opera em dois canais: Um de superfície,
onde enxerga-se até a linha do horizonte, e o de busca aérea, onde
seu alcance de detecção varia de 40km (míssil Exocet) até 200 km
(aeronave de grande porte). Além da capacidade de busca a Marinha do Brasil em
suas requisições, pede com que o radar possua a capacidade de guiamento
de míssil superfície-ar.
Uma
das possibilidades futuras do Gaivota-X (ainda em processo embrionário
de conversação), é de que ele possa se tornar um radar de acompanhamento de alvos, em um futuro sem data definida. O protótipo
exposto durante a Ridex 2018, encontrava-se em um modulo de contêiner,
e ficou no convoo zulu do NDM Bahia, onde conseguia-se ver toda a
movimentação aérea e naval no entorno. Os teste de campo estão
acontecendo desde maio/2017, onde este mesmo modulo já esteve na
pista da Base Naval Aérea de São Pedro D’Aldeia, tendo o
Esquadrão VF-1 como anfitrião e passou 4 meses embarcado no NaPOc
APA, realizando diversos tipos de missões. Para que o radar se torne
operacional e ai começar a ser produzido, o mesmo ainda terá pelo
menos mais um ano de testes, junto a esquadra brasileira.
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