Por: Redação OD
Na próxima terça-feira dia 26 de junho, o Comando Militar do Norte (CMN) comemora o seu
quinto aniversário de ativação. O CMN foi criado para multiplicar
as ações do Exército Brasileiro na Amazônia Oriental, com o
objetivo de aumentar a capacidade operacional, o gerenciamento
administrativo e proporcionar melhores condições de emprego da
Força Terrestre, em face do espaço estratégico da foz do Rio
Amazonas e das diversas Infraestruturas Estratégicas da Região.
Durante décadas, a cidade de Belém sediava apenas o Comando da 8ª
Região Militar, Grande Comando Logístico que era diretamente
subordinado ao Comando Militar da Amazônia, com seu Quartel-General
em Manaus-AM. Fruto
do processo de reestruturação do Exército Brasileiro, somado ao
cenário político e estratégico da Região Norte do País, o
Comandante da Força resolveu dividir a região amazônica em
Ocidental e Oriental.
Para a primeira, o já existente Comando
Militar da Amazônia reduziu sua área de responsabilidade, ficando
com os Estados do Acre, Rondônia, Roraima e Amazonas. Para fazer
frente à Amazônia Oriental, criou-se o CMN, cuja área de atuação
integra os Estados do Amapá, do Pará, do Maranhão e o norte do
Tocantins. “As
mudanças que marcaram a história recente do país provocaram o
estabelecimento de diferenças marcantes entre as realidades
econômicas, sociais, ambientais, políticas e estratégicas das
Amazônias Ocidental e Oriental. Em consequência, como
reconhecimento da importância de Belém e de sua área de
influência, ativa-se, nesta data, o Comando Militar do Norte.
Rompem-se, portanto, os vínculos que por séculos identificaram e
uniram toda a estrutura militar terrestre na Amazônia.”
– Comandante do Exército, General de Exército Eduardo Dias da
Costa Villas Bôas,
em 26 de junho de 2013.
Mesmo
com essa divisão de atribuições, o desafio do mais novo Comando
Militar de Área é grande. O CMN é responsável por cerca de 1,73
milhão de quilômetros quadrados (20% da área do País) e 1.890
quilômetros de fronteira terrestre com a Guiana, Suriname e Guiana
Francesa, além de 2.200 quilômetros de costa. Além disso, essa
área reúne um rico patrimônio ambiental, composto de inúmeras
reservas minerais, de grande reserva hídrica, sem contar com as
diversas Áreas de Proteção Ambiental e outras tantas reservas
indígenas, em meio a dezenas de conflitos sociais. Soma-se, ainda, a
gama de importantes Infraestruturas Estratégicas localizadas na
região. Um bom exemplo disso é o farto complexo hidrelétrico
instalado, responsável por quase 15% de toda a energia elétrica do
País. Para
enfrentar esse desafio, o CMN é comandado por um oficial general do
último posto da escala hierárquica da Força - General de Exército
- e integrante do Alto Comando do Exército.
Para assessorá-lo, foi
composto um Estado-Maior, chefiado por um General de Brigada, e
oficiais superiores especialistas nas áreas de recursos humanos,
inteligência, operações, logística, comunicação social e
administração, entre outras assessorias. A
extensão territorial sob a responsabilidade do CMN é maior que
muitos países europeus. Para tanto, o CMN é integrado por duas
Brigadas, a 23ª Brigada de Infantaria de Selva, sediada em
Marabá-PA, e a recém criada 22ª Brigada de Infantaria de Selva,
instalada em Macapá-AP. Para proporcionar o apoio logístico dessa
estrutura, o CMN conta com a já conhecida 8ª Região Militar –
Grande Comando Logístico que gerencia as funções logísticas de
saúde, manutenção, suprimento, pessoal, transporte e fiscalização
de produtos controlados. Ao todo, o CMN integra trinta Organizações
Militares, totalizando cerca de 12 mil homens e mulheres.
Com
essa nova organização, o CMN continua cumprindo sua missão
constitucional lado a lado com a sociedade, sempre buscando cooperar
com o desenvolvimento da região, por meio de suas ações
subsidiárias. O atual Comandante, o General de Exército Paulo
Sérgio Nogueira de Oliveira, sempre sintetiza que temos duas
missões: defender e proteger a Amazônia Oriental. O primeiro
destaca nossa precípua tarefa constitucional – a defesa da pátria.
Quanto ao verbo proteger, o Comandante tenta conjugar todas as ações
que envolvem o apoio à população. “A
minha convicção é que, sem se descuidar de sua principal missão
constitucional, o Exército deve sempre oferecer sua mão amiga
quando a população assim necessitar.”
- Comandante Militar do Norte, General de Exército Paulo
Sérgio Nogueira
de Oliveira, em 14 de maio de 2018.
Como
parte do seu plano estratégico de implantação, em 2016, o CMN
entregou à sociedade belenense o Colégio Militar de Belém (CMBEL),
que atende a alunos a partir do sexto ano do ensino fundamental e
aumenta a qualidade do ensino ofertado no Pará. Atualmente, 260
estudantes compõem o corpo escolar da Instituição e a previsão é
de alcançar 900 alunos até 2022, quando estará funcionando até o
terceiro ano do ensino médio. Ao
longo desses últimos cinco anos, o CMN e a sociedade tem muito o que
comemorar. Em conjunto com a Marinha, com a Força Aérea e com os
diversos Órgãos Governamentais, o CMN participou de inúmeras
operações na faixa de fronteira, principalmente no combate aos
ilícitos transfronteiriços e ambientais. Cooperou ainda em várias
ações de defesa civil, no socorro às vitimas de enchentes e
catástrofes naturais. Além disso, o Exército contribuiu também em
outras tantas campanhas humanitárias, como a operação de combate
ao mosquito da dengue. A
jornada do jovem Comando Militar do Norte está apenas começando,
pois muitos desafios ainda surgirão no horizonte. O que importa,
porém, é que os homens e mulheres que integram essa Força,
herdeiros das tradições de Pedro Teixeira, se motivam a cada dia
pela simples e mais nobre missão de suas vidas: SERVIR!
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