Fuzileiros Navais participam do exercício SUBEX no litoral de Itapemirim (ES). Treinamento faz parte da preparação para ações humanitárias

Fuzileiros Navais participam de treinamento em Itapemirim (Foto: Marcel Alves/ TV Gazeta)

Por: Redação OD

O Corpo de Fuzileiros Navais voltou a realizar treinamento no litoral de Itapemirim (sul do Espírito Santo), nesta segunda-feira (21). O exercício SUBEX, como é chamado, faz parte da preparação para ações de ajuda humanitárias, e tem previsão de término neste sábado (26). “A ação humanitária no Haiti, da qual eu participei, foi algo que tocou muito o coração da gente”, falou o 2º Sargento fuzileiro naval, Ferrero. Para que todos os militares também estejam preparados para situações como essas é que a Marinha do Brasil realiza treinamento como esse. “Basicamente, são unidades de apoio ao serviço de combate, de apoio ao combate, que cumprem funções logísticas, como de abastecimento, manutenção, transporte e saúde”, explicou o Contra-almirante Rodrigues, comandante da tropa de reforço.

Mil e duzentos homens participam do treinamento, na base da Marinha, em Itapemirim. Segundo o comandante, local é propício, porque tem o mar, uma faixa extensa de praia preservada, além de um vasto terreno que se transforma em campo de combate. “Aqui é uma oportunidade de a gente ver em prática como isso é realizado”, disse o comandante. No treinamento, a equipe faz uso de um carro anfíbio, o CLAnf, de mais de 20 toneladas, e que leva até 22 militares. “Ele tem a capacidade de ser lançado até 3.750 metros da linha de costa do litoral e foi projetado para operar 80% do tempo em terra e 20% na água”, disse o capitão de mar e guerra, comandante Arthur Paulino. Além da logística do preparo da área da praia, há também o apoio à saúde. 

Eles têm uma ambulância que é uma UTI móvel completa, usada na operação do Haiti. Também são montadas unidades de saúde, que são equipadas, inclusive, com um centro cirúrgico. Toda a estrutura é montada e estruturada em uma hora. Depois disso, tudo está pronto para receber o primeiro paciente. “Ela tem condições de realizar até 18 cirurgias, temos condições de realizar atendimentos até 48 horas sem necessidade de suprir de novo”, falou a primeira comandante mulher de uma organização militar do corpo de fuzileiros. Essa conquista, segundo ela, superou muitos desafios ao longo do caminho. “Eu acho que nós, mulheres, estamos plenamente capacitadas para estarmos à frente dessa unidade”, declarou.

*Com informações do G1 Espírito Santo/Tv Gazeta