General Elias Rodrigues Martins Filho durante palestra ao exército dos EUA, em 7 de outubro de 2015 (Foto: U.S. Army Photos by Dan O. Neal) |
Por: Redação OD
O general de divisão do Exército Brasileiro Elias Rodrigues Martins Filho foi nomeado nesta sexta-feira (13) como novo comandante militar da Missão de Estabilização das Nações Unidas na República Democrática do Congo, a MONUSCO. O
anúncio foi feito pelo secretário-geral da ONU, António Guterres.
Martins Filho substitui o sul-africano Derrick Mbuyiselo Mgwebi, que
ocupou o cargo durante dois anos. Antes dele, outro brasileiro já
chefiou a missão, o general Carlos Alberto dos Santos Cruz, no
período entre 2013 e 2015.
A
MONUSCO reúne mais de 18 mil pessoas e recebe contribuições de
mais de 30 países. Martins Filho foi nomeado após mais de 35 anos de carreira militar e deixa o cargo de subchefe do Escritório de Organismos Americanos do Ministério da Defesa do Brasil. Também já atuou como vice-conselheiro militar da Missão Permanente do Brasil junto às Nações Unidas (2001-2003) e oficial de Equipe da Missão de Verificação das Nações Unidas em Angola em 1995 e 1996.
Fome e violência
A República Democrática do Congo, localizada na África Central, é rica em recursos naturais, mas enfrenta graves
conflitos e
a maior parte de sua população vive em situação de pobreza
extrema. Segundo
dados, ao longo de 2017, 1,7 milhão foram forçados a abandonar suas
casas, de acordo com grupos de ajuda humanitária - que ressaltam que
a República Democrática do Congo é um dos países mais afetados
pelo chamado deslocamento em decorrência de conflitos (“conflict
displacement”, na expressão em inglês). Uma
grande guerra civil entre 1997 e 2003 ceifou milhões de vidas como
resultado dos combates, de doenças ou da fome.Muitos
outros países vizinhos foram atraídos para essa guerra civil, que
ficou conhecida como a Grande Guerra da África. Depois que ela
terminou, os conflitos não pararam, com grupos armados ainda
espalhando violência.
Em
2015, pessoas foram mortas em protestos contra mudanças na lei que
opositores do governo afirmavam que serviriam para tornar mais fácil
a permanência do Presidente Joseph Kabila no poder. A recusa dele em
deixar o cargo após o fim do seu mandato também é apontada como
ponto crucial para que as tensões e a violência permaneçam na
área. A
segunda gestão de Kabila – que seria, portanto, a gestão final –
terminou oficialmente em dezembro de 2016, mas não foram realizadas
eleições para decidir quem assumiria seu lugar. Um
acordo político foi alcançado, o que significava que Kabila
permaneceria até o final de 2017, contanto que trabalhasse em
conjunto com outras pessoas. Mas
as eleições foram remarcadas para o final de 2018.
*Com Informações do G1
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