Por: Redação OD
Dos
mais de 25 mil homens enviados do Brasil para combater o nazifascismo
na Itália, entre 1944 e 1945, 465 sacrificaram suas vidas na luta
pela liberdade. Inicialmente, foram sepultados no Cemitério Militar
de Pistóia, mas seus corpos foram trasladados ao Rio de Janeiro em
1960, onde repousam no Monumento Nacional aos Mortos na Segunda
Guerra Mundial. Todavia, naquela cidade italiana permanece, até os
dias atuais, um dos marcos mais importantes da participação da
Força Expedicionária Brasileira (FEB) no maior conflito bélico da
história. No local dos antigos jazigos, funciona desde 1965 o
Monumento Votivo Militar Brasileiro, cenário de uma celebração
marcante ocorrida no último dia 21 de abril.
Uma
solenidade em memória dos Pracinhas que tombaram em terras italianas
contou com as presenças de autoridades brasileiras, como o Ministro
da Defesa, General de Exército Joaquim
Silva e Luna;
o Ministro-Chefe do Gabinete de Segurança Institucional, General de
Exército Sérgio
Westphalen Etchegoyen;
o Ministro do Turismo, Vinícius
Lummertz;
e o Embaixador do Brasil na Itália, Antonio
de Aguiar Patriota.
Além disso, autoridades italianas também se fizeram presentes, como
o Prefeito de Pistóia, Alessandro
Tomasi. O
General Silva
e Luna salientou
que brasileiros e italianos são povos unidos pelo supremo sacrifício
da guerra. “O objetivo da FEB nunca foi conquistar terras ou
subjugar povos, mas devolver a esperança por dias melhores”.
Já o
Prefeito de Pistóia destacou “a amizade demonstrada pelos
militares brasileiros para com a população italiana, já desgastada
pela longa guerra, e a bravura em defesa dos ideais de justiça e
liberdade”. A cerimônia no Monumento Votivo integrou a programação
comemorativa da Campanha da FEB na Itália. Cadetes da Academia
Militar das Agulhas Negras e alunos de Escolas de Formação de
Sargentos do Brasil foram convidados para acompanhar os eventos. Um
deles foi o Cadete do 4° ano da AMAN (Curso de Cavalaria), André
Andrade Longaray Filho,
que demonstrou a emoção de ver de perto uma das páginas mais
gloriosas do Exército.
“É uma honra estar presente nessa
cerimônia que busca revitalizar a memória dos nossos Pracinhas, no
local onde foram sepultados heróis como o Aspirante Mega,
o Tenente Amaro
e
o Sargento Max
Wolff e,
ainda, ver como a população de Pistóia mantém viva a nossa
história aqui na Itália”. Projetado pelo arquiteto Olavo
Redig de Carvalho,
o Monumento Votivo tem como Guardião o Senhor Mário Pereira.
Ele é filho do ex-Pracinha Miguel
Pereira,
que combateu como Sargento, casou-se com uma italiana ao fim da
guerra e foi o primeiro administrador do antigo Cemitério de
Pistóia.
Fonte: Agência Verde Oliva
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