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NDM Bahia (G 40) no começo de sua comissão, navegando junto a costa do Rio de Janeiro
"GIGANTE POR NATUREZA, IMPONENTE POR DESTINO"
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Por: Anderson Gabino
EXCLUSIVO Durante
a semana de 19 a 22 de março, o NDM "Bahia" passou pela certificação
da Vistoria de Segurança da Aviação (VSA)¹, a qual foi chefiada pelo
Comandante do Primeiro Esquadrão de Apoio e contou com a presença de outras
autoridades, tais como o Vice-Diretor de Aeronáutica da Marinha (DAerM). Durante o período em que o navio estava no mar, concomitante à Vistoria,
ocorreu a homologação para Operações Aéreas Noturnas do
Esquadrão HS-1, fato este
histórico, pois o “Esquadrão Guerreiro” não detinha mais tal
capacidade a 13 anos desde que as operações aérea noturnas a bordo
do NAe São Paulo foram canceladas, por conta do acidente com
o navio. Agora, o “Bahia” com
sua homologação operacional de voo "plena",
passa
a operar
com aeronaves de diferentes portes e modelos, juntando-se
a isso a capacidade de poder lançar embarcações de desembarque e
tendo a bordo um complexo médico hospitalar, faz o navio chegar a
sua capacidade total e real de operações.
Guerreiro
“36” realiza o primeiro pouso noturno
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Aeronave SH-16 (N-3036) no convoo Alpha do NDM Bahia preparando-se para iniciar a decolagem de sua homologação |
A
noite histórica deu-se no dia 19/03,
quando a aeronave SH-16 (N-3036) tendo como seu comandante o Capitão de Fragata
Célio (Imediato do Esquadrão), o co-piloto Capitão
Tenente Leandro Santos e os tripulantes Sub-Ofical Noronha e Sargento Ximenes, onde os quais realizaram o primeiro pouso noturno a bordo do NDM Bahia. Em
setembro
de
2017, uma aeronave AH-11 A Super Lynx (Esquadrão
HA-1) e uma
aeronave UH-15 (Esquadrão
HU-2), já tinham realizado o primeiro pouso noturno a bordo do navio e agora após 6 meses o Esquadrão HS-1 junta-se a estes dois, ampliando assim, a capacidade
dos navios
da Marinha
do Brasil
nas
operações de
mar.
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Da esquerda para à direita: Capitão de Fragata Trindade (comandante do HS-1), Sargento Ximenes, Capitão de Fragata Célio (Imediato do HS-1), Capitão Tenente Leandro Santos e Sub-Oficial Noronha |
O
Contra-Almirante Nôga, Comandante da Força Aeronaval, esteve a bordo do NDM Bahia para acompanhar a homologação do Esquadrão HS-1 nos dias 19 e 20/03. Após a homologação, passou-se a VSA, a qual foi conduzida pelo Vistoriador-Chefe da faina, o
Capitão de Mar e Guerra Ricardo
Gomes, na
qualidade de Comandante do 1º Esquadrão de Apoio e pelo Capitão de Mar e Guerra Costa Lima (DAerM), como
Vistoriador Coordenador. Nas
operações diurnas e noturnas foram empregadas aeronaves UH-15 Super
Cougar (N-7201), SH-16 Seahawk (N-3036)
e
IH-6B (N-5054),
pois assim demonstra-se a sua capacidade do navio em operar aeronaves para
diferentes tarefas e finalidades.
“Bahia”
e suas operações
O
NDM “Bahia” possui dois convoos (Alpha e Zulu) e um hangar,
trazendo-lhe a capacidade de lançar e recolher até três aeronaves
simultaneamente. Sua aprovação na VSA no ano passado representou o
primeiro passo na busca da operação do navio no limite de suas
possibilidades, o que levou a um expressivo incremento na capacidade
de operações aéreas da Esquadra através desta homologação para
operações noturnas² com mais de uma aeronave. Inspeções e
vistorias de segurança de voo são tarefas de grande complexidade
para leigos em geral, pois demandam enormes requisitos de segurança
que visam não só a preservação da segurança operacional das
atividades ligadas direta e indiretamente às operações aéreas
como também as que interagem com as operações navais da embarcação
em questão.
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Parte da Vistoria de Segurança: Simulação de "Crash" no convoo com vitimas |
Muitos dos requisitos e itens são assunto restritos ao
âmbito operacional da Marinha, mas muitos outros fazem parte de
requisitos de homologação que seguem padrões internacionais
regidos pela OACI e OMI, em seus respectivos "rolls" de
legislações de segurança operacional. Dentre
os muitos passos que compõe as vistorias de segurança de voo,
são inspecionados principalmente os itens para operações em qualquer ambiente aeronáutico em terra,
elevados em edificações ou plataformas/embarcações de grande
porte, tais como :
Sistemas de combate à incêndios, Sistemas de combustíveis de aviação, Rotas de saídas de emergência para
pessoal e movimentação de convoo, Tempo de resposta de
equipes de Controle de Avarias (CAv), Resistência de pisos e compartimentos, bem como toda
a proficiência profissional das equipes de postos de voo e
tripulantes envolvidos, crash de aeronave em convoo e na água. Para os que desejarem saber em mais detalhes
sobre as normas específicas, sugerimos uma consulta ao capítulo 06
da NORMAM 01/DPC, que é a legislação específica para embarcações
de emprego em mar aberto.
A
Segurança de Voo na Marinha do Brasil
Poucos
sabem, mas a Marinha do
Brasil é a pioneira em
fazer uso de operações
aéreas com
aeronaves militares no Brasil, assim ela
possui uma doutrina de
segurança de vôo também muito antiga. Em,
18 de outubro de 1972, através da Ordem do Dia n° 0013, da
Diretoria de Aeronáutica da Marinha (DAerm),
foi criado o Núcleo do Serviço de Investigação e Prevenção de
Acidentes Aeronáuticos da Marinha. Dois
anos após, em 18 de
outubro de 1974, o então
Ministro da Marinha,
Almirante-de-Esquadra
Geraldo
Azevedo Henning,
em consonância com o Decreto 70.050 de 25 de janeiro de 1972,
aprovou o regulamento do SIPAER, e de acordo com a Diretriz
Interministerial 01/74.
Regulamentando assim as Instruções para o
Serviço de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos
da Marinha (SIPAAerM), com as tarefas de organizar, orientar e
supervisionar as atividades de investigação e prevenção de
acidentes aeronáuticos na Marinha, por meio do Ofício n° 1330. À
partir de então, inserido na estrutura Organizacional da Diretoria
de Aeronáutica da Marinha, o SIPAAerM passou a atuar plenamente, ao
mesmo tempo em que procurava implantar e difundir uma mentalidade de
segurança de aviação nas unidades envolvidas nas operações
aéreas na Marinha.
Notas:
(¹) A
VSA é realizada por uma Comissão de Vistoria de Segurança da Aviação, a qual é
formada agrupando-se elementos representantes do Comando da Força de
Superfície, da DAerM e outros setores de interesse da Marinha, tais como a
Diretoria de Saúde da Marinha.
(²) Durante a VSA ocorreram três
eventos independentes neste período em que o navio se fez ao mar: 1) a VSA
propriamente dita; 2) A qualificação da aeronave SH-16; e 3) A Qualificação e
Requalificação de Pouso a Bordo (QRPB) dos pilotos do Segundo Esquadrão de
Helicópteros de Emprego Geral (HU-2), por meio da aeronave UH-15.
Nota do Editor: Gostaria de agradecer ao Centro de Comunicação Social da Marinha pelo convite de poder estar a bordo do NDM Bahia durante esta faina histórica. Não menos posso deixar de agradecer ao CMG Assano, comandante do NDM Bahia, ao seu Imediato o CF Daher e a toda a sua tripulação, que foram excepcionais no acolhimento a minha pessoa e no apoio prestado para que a matéria fosse realizado com total exito.
Um "BRAVO ZULU" a tripulação do
"GIGANTE POR NATUREZA, IMPONENTE POR DESTINO"
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