sexta-feira, 23 de fevereiro de 2018

Forças Especiais do Exército Brasileiro: O orgulho silencioso da força terrestre que deve ser despertado


Por: Vítor Hugo Almeida
Ultimamente, batendo papo com pessoas em Goiânia e no interior, percebi que poucos sabem da presença da verdadeira “tropa de elite” do Exército em nosso Estado. Os Comandos e os Forças Especiais, são, por natureza, discretos. Não poderia ser muito diferente. Vivem sob o manto do anonimato na sociedade goiana, que praticamente desconhece ter entre os seus verdadeiros heróis, herdeiros mesmo das melhores tradições de Antônio Dias Cardoso, do Duque de Caxias, dos abnegados da Guerra da Tríplice Aliança ou dos pracinhas. São eles, os Comandos, os guerreiros das sombras.

Sua história em Goiás começa em 2003. No fim daquele ano, chegava à capital goiana um pequeno grupo de militares do Exército com a desafiante missão de transferir o 1º Batalhão de Forças Especiais, do Rio de Janeiro para solo goianiense. Não se tratava apenas da realocação de uma unidade, mas também da sua ampliação de estrutura e efetivos: aqui se criaria a inédita Brigada de Operações Especiais, hoje Comando de Operações Especiais, com sede próxima ao Aeroporto Santa Genoveva. A vitória da seleção de nossa cidade foi comemorada entre os gorros pretos. Isso se deu, em função do presumido aumento da qualidade de vida e da localização geográfica privilegiada em relação ao centro nacional de poder e a todo território brasileiro. 

A busca por uma cidade menos violenta e com menor possibilidade de infiltração do crime organizado no seio das tropas também foi considerada. A ideia era evitar casos como o ocorrido no Rio de Janeiro, no início dessa semana. Naquela triste madrugada, perdemos para a criminalidade Bruno Cazuca, um jovem Forças Especiais combativo, habilidoso, idealista, zeloso pai de família e um profissional de excelência. Sua vida foi ceifada durante um assalto. O Estado Brasileiro tem obrigação moral de reagir e de impedir que os cidadãos de bem, fardados ou não, sejam reféns de uma bandidagem que mata agentes públicos em proporções típicas de uma guerra.
Visando, assim, diminuir a probabilidade de ocorrência de situações como essas, os Comandos e os Forças Especiais, então, aqui chegaram. Aqui se casaram, com goianas. Tiveram filhos goianos e estudaram aqui. Fizeram amizades aqui. Constituíram patrimônio aqui. Trouxeram para cá suas famílias, seus pais. Escolheram, de coração, ser goianos. São, então, membros da nossa comunidade. Ocorre que de 2004 até hoje, dezenas de goianos nascidos aqui se submeteram aos rigorosos treinamentos para também se tornar Comandos. Muitos dos nascidos em solo goiano, hoje, ostentam orgulhosamente a caveira nos seus uniformes, saltam de paraquedas, atiram, mergulham, cumprem ou cumpriram missões no Rio de Janeiro, no Amazonas, no Haiti ou em qualquer outra parte do Brasil ou do mundo.

Mas quem são eles, os Comandos? O que fazem? Por que são tão especiais? Os Comandos, numa guerra, são aqueles militares que adentrarão o território inimigo, por centenas de quilômetros, a pé, nadando, saltando de paraquedas ou por qualquer outro meio de infiltração, com a finalidade de lhe causar danos suficientes para fazê-lo desistir da guerra, mudando, muitas vezes, o curso da História. São tão especiais que a média de aprovação em seu curso raramente ultrapassa os 15%. O Bope do Rio de Janeiro e de quase todos os Estados da Federação usam a caveira como símbolo, tendo como paradigma os Comandos do Exército. Aliás, a Polícia Militar do Rio, na década de 1980, teve instrução com os Comandos, incorporando a caveira como seu símbolo e selando uma amizade de muitos anos entre os caveiras de lá e os de cá.
Eles, os Comandos, são a base de recrutamento para as Forças Especiais. Essas, ainda mais especializadas, congregam militares capazes de falar vários idiomas, influenciar corações e mentes, conduzir a guerra irregular, combater forças adversas ou enfrentar o terrorismo. São militares tão especiais que não é raro que turmas egressas das Agulhas Negras possuam menos de 2% de oficiais entre seus quadros, aqueles poucos autorizados a ostentar a luva e o punhal em seus gorros. E eles estão aqui, entre nós. São, em verdade, nossos irmãos e conterrâneos, por nascimento ou por escolha. Por isso, caro leitor, posso lhe incentivar. Da próxima vez que alguém de fora se gabar por qualquer atributo de seu Estado, não hesite. Diga-lhe, orgulhosamente, que tudo bem, eles podem até ter algo de bom, mas a terra de Anhanguera é a casa dos Comandos e dos Forças Especiais, que são goianos, comem pequi e têm o pé rachado.

Ultimamente, batendo papo com pessoas em Goiânia e no interior, percebi que poucos sabem da presença da verdadeira “tropa de elite” do Exército em nosso Estado. Os Comandos e os Forças Especiais, são, por natureza, discretos. Não poderia ser muito diferente. Vivem sob o manto do anonimato na sociedade goiana, que praticamente desconhece ter entre os seus verdadeiros heróis, herdeiros mesmo das melhores tradições de Antônio Dias Cardoso, do Duque de Caxias, dos abnegados da Guerra da Tríplice Aliança ou dos pracinhas. São eles, os Comandos, os guerreiros das sombras. Sua história em Goiás começa em 2003. No fim daquele ano, chegava à capital goiana um pequeno grupo de militares do Exército com a desafiante missão de transferir o 1º Batalhão de Forças Especiais, do Rio de Janeiro para solo goianiense. Não se tratava apenas da realocação de uma unidade, mas também da sua ampliação de estrutura e efetivos: aqui se criaria a inédita Brigada de Operações Especiais, hoje Comando de Operações Especiais, com sede próxima ao Aeroporto Santa Genoveva.
A vitória da seleção de nossa cidade foi comemorada entre os gorros pretos. Isso se deu, em função do presumido aumento da qualidade de vida e da localização geográfica privilegiada em relação ao centro nacional de poder e a todo território brasileiro. A busca por uma cidade menos violenta e com menor possibilidade de infiltração do crime organizado no seio das tropas também foi considerada. A ideia era evitar casos como o ocorrido no Rio de Janeiro, no início dessa semana. Naquela triste madrugada, perdemos para a criminalidade Bruno Cazuca, um jovem Forças Especiais combativo, habilidoso, idealista, zeloso pai de família e um profissional de excelência. Sua vida foi ceifada durante um assalto. O Estado Brasileiro tem obrigação moral de reagir e de impedir que os cidadãos de bem, fardados ou não, sejam reféns de uma bandidagem que mata agentes públicos em proporções típicas de uma guerra.

Visando, assim, diminuir a probabilidade de ocorrência de situações como essas, os Comandos e os Forças Especiais, então, aqui chegaram. Aqui se casaram, com goianas. Tiveram filhos goianos e estudaram aqui. Fizeram amizades aqui. Constituíram patrimônio aqui. Trouxeram para cá suas famílias, seus pais. Escolheram, de coração, ser goianos. São, então, membros da nossa comunidade. Ocorre que de 2004 até hoje, dezenas de goianos nascidos aqui se submeteram aos rigorosos treinamentos para também se tornar Comandos. Muitos dos nascidos em solo goiano, hoje, ostentam orgulhosamente a caveira nos seus uniformes, saltam de paraquedas, atiram, mergulham, cumprem ou cumpriram missões no Rio de Janeiro, no Amazonas, no Haiti ou em qualquer outra parte do Brasil ou do mundo.
Mas quem são eles, os Comandos? O que fazem? Por que são tão especiais? Os Comandos, numa guerra, são aqueles militares que adentrarão o território inimigo, por centenas de quilômetros, a pé, nadando, saltando de paraquedas ou por qualquer outro meio de infiltração, com a finalidade de lhe causar danos suficientes para fazê-lo desistir da guerra, mudando, muitas vezes, o curso da História. São tão especiais que a média de aprovação em seu curso raramente ultrapassa os 15%. O Bope do Rio de Janeiro e de quase todos os Estados da Federação usam a caveira como símbolo, tendo como paradigma os Comandos do Exército. Aliás, a Polícia Militar do Rio, na década de 1980, teve instrução com os Comandos, incorporando a caveira como seu símbolo e selando uma amizade de muitos anos entre os caveiras de lá e os de cá.

Eles, os Comandos, são a base de recrutamento para as Forças Especiais. Essas, ainda mais especializadas, congregam militares capazes de falar vários idiomas, influenciar corações e mentes, conduzir a guerra irregular, combater forças adversas ou enfrentar o terrorismo. São militares tão especiais que não é raro que turmas egressas das Agulhas Negras possuam menos de 2% de oficiais entre seus quadros, aqueles poucos autorizados a ostentar a luva e o punhal em seus gorros. E eles estão aqui, entre nós. São, em verdade, nossos irmãos e conterrâneos, por nascimento ou por escolha. Por isso, caro leitor, posso lhe incentivar. Da próxima vez que alguém de fora se gabar por qualquer atributo de seu Estado, não hesite. Diga-lhe, orgulhosamente, que tudo bem, eles podem até ter algo de bom, mas a terra de Anhanguera é a casa dos Comandos e dos Forças Especiais, que são goianos, comem pequi e têm o pé rachado.
Fonte: Jornal Hora Extra (GO) - Nota da Redação: O autor do artigo, Sr° Vítor Hugo Almeida é Major do Exército Brasileiro e ex-Força Especial, encontra-se hoje na reserva não remunerada da força terrestre e atualmente exerce a função de advogado

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