Por: Redação OD
A
Marinha do Brasil deu início a missão 36ª Operação Antártica (OPERANTAR
XXXVI), que tem por objetivo realizar apoios logísticos da Estação Comandante Ferraz, além
de colaborar com projetos de ciência e tecnologia. Sendo assim nesta
sexta feira (13), partiu do Arsenal de Marinha, no
Rio de Janeiro, rumo ao continente gelado o Navio de Apoio
Oceanográfico “Ary Rongel”, e levando consigo a bordo 107 tripulantes que irão apoiar os projetos de pesquisa científica do Brasil. O navio tem uma previsão de chegada ao continente antártico no dia 26 deste mês.
Segundo
a Marinha, a missão terá como objetivo além de fazer o apoio logístico aos
Módulos Antárticos Emergenciais (MAE), eles irão atuar na reconstrução da Estação
Antártica Comandante Ferraz, além de servirem como plataforma para a
realização de pesquisas, efetuando lançamentos e recolhimentos de
pesquisadores. O regresso ao Rio de Janeiro está previsto para abril
de 2018.
O comandante do Ary Rongel, o Capitão de mar e guerra Antônio Braz de Souza, disse que a tarefa principal do navio é dar suporte ao Programa Antártico Brasileiro. Segundo ele, o fim da reconstrução da nova Estação Antártica Comandante Ferraz está previsto para março de 2018. A estrutura foi destruída por um incêndio em fevereiro de 2012. As atividades científicas envolverão estudiosos de diversas instituições de ensino e pesquisa do país, que desenvolverão seus projetos utilizando como base, além do próprio navio, os acampamentos estabelecidos na região antártica. “A gente realiza algumas pesquisas a bordo nas áreas de biologia, oceanografia e geologia, enfim todas as ciências relacionadas ao meio ambiente antártico”, disse o comandante.
Programa
Antártico
O
Programa Antártico Brasileiro foi criado em 1982 com o objetivo de
desenvolver um programa científico que incluísse o Brasil entre os
países do Tratado da Antártica. A Estação Comandante Ferraz foi
instalada dois anos depois, em fevereiro de 1984, e tornou-se a base
para as pesquisas brasileiras no continente, abrigando militares e
cientistas. A estrutura foi destruída por um incêndio no dia 25 de
fevereiro de 2012. O fogo começou na praça de máquinas, local onde
ficavam os geradores de energia. Dois militares da Marinha morreram
tentando apagar o incêndio, o suboficial Carlos Alberto Vieira
Figueiredo e o sargento Roberto Lopes dos Santos. Desde o incêndio,
a instalação de módulos emergenciais tem permitido a permanência
brasileira e a continuidade das pesquisas no local.
Com Informações da Agência Brasil
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