Por: Redação OD
Chefes
de Estados-Maiores da Comunidade de Países de Língua Portuguesa
(CPLP) estão no Rio de Janeiro para acompanhar o encerramento da
Operação Felino, exercício militar conjunto e combinado que visa
capacitar as forças armadas brasileiras e estrangeiras no emprego em
missões de paz e ajuda humanitária, nos níveis tático e
operacional. Nesta quarta-feira (27), os militares de Angola, Cabo
Verde, Guiné Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, São
Tomé e Príncipe, Timor Leste, e representantes do Ministério da
Defesa (MD) e das Forças Armadas brasileiras, conheceram unidades
operacionais da Marinha do Brasil, na Ilha de Mocanguê, em Niterói,
além de uma visita ao Monumento aos Mortos da Segunda Guerra
Mundial, no Aterro do Flamengo.
"A
Operação Felino é uma oportunidade para os militares da CPLP
conhecerem as nossas forças armadas e também estreitar os laços de
amizade que existem entre os países que tiveram a origem comum de
suas civilizações, Portugal", ressaltou o chefe do
Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas do Ministério da Defesa,
almirante Ademir Sobrinho. O
encerramento da Operação Felino ocorre nesta quinta-feira (28) em
Resende (RJ), com a presença do ministro da Defesa, Raul Jungmann,
oficiais generais da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, além
dos representantes das nações de língua portuguesa. Cerca de mil
militares estão desde o dia 18 de setembro participando do
Exercício. Amanhã (28), serão realizadas simulações de conflitos
e outras atividades como exposição de material, patrulha
mecanizada, simulações de controle de distúrbios, atendimentos a
múltiplas vítimas, evacuação médica, vasculhamento, busca e
apreensão e descontaminação química, biológica, radiológica e
nuclear.
No dia de ontem (27) pela manhã, os militares foram recebidos, no Monumento aos
Pracinhas, pelo vice-chefe do Departamento de Educação e Cultura do
Exército (DECEx), general Décio dos Santos Brasil, e pelo chefe da
Diretoria do Patrimônio Histórico e Cultural do Exército (DPHCEx),
general Riyuzo Ikeda. No mausoléu, estão depositados os restos
mortais de 467 combatentes da Força Expedicionária Brasileira, e
que lutaram no teatro de operações na Europa. O diretor do
Monumento, tenente-coronel Robson de Menezes Peroni Campos, explicou
detalhes sobre a história dos militares da Marinha de Guerra e
Marinha Mercante, do Exército e da Força Aérea Brasileira, que
morreram durante a Segunda Guerra. O coronel Peroni fez questão de
lembrar que ao repatriar, em 1960, os restos mortais, o governo
português solicitou que a aeronave pousasse em Portugal para prestar
uma homenagem aos brasileiros.
Para
o chefe do Estado-Maior de São Tomé e Príncipe, brigadeiro general
Horácio Castro da Trindade de Souza, a Felino é um exercício
extremamente importante para ampliar o conhecimento. "O
Exercício permite o adestramento de forma a fazer face a alguns
problemas que são comuns a todos", afirmou o brigadeiro. Na
sequência, as delegações seguiram para a Base Naval, na Ilha de
Mocanguê, onde subiram a bordo do Navio Doca Multipropósito Bahia,
adquirido recentemente pela Marinha do Brasil e que foi projetado
para o transporte e desembarque de tropas, resgate de pessoas,
veículos anfíbios e equipamentos de combate diretamente na área de
operações. O navio possui capacidade para carregar e descarregar,
pelo mar ou pelo ar, e para operar com embarcações de desembarque
em mar aberto. O Bahia possui uma moderna estrutura de atendimento
hospitalar, com centro cirúrgico, unidade de terapia intensiva,
triagem e salas de recuperação pós anestésico. Para
finalizar as visitas, as comitivas da CPLP foram até o Centro de
Operações da Esquadra, onde também receberam informações sobre
os meios navais simulados e reais que estão sendo empregados na
Operação Felino.
Exercício
Felino
Cada
Exercício funciona num ciclo que dura dois anos, utilizando o mesmo
cenário fictício que simula situações-problema. O primeiro ciclo
é realizado no formato “carta”, no qual se planeja e executa uma
operação por meio de rede de computadores, como um jogo de guerra.
Essa fase foi realizada no ano passado, em Cabo Verde. O segundo
exercício é realizado no ano seguinte, no terreno e com a ação de
tropas. Esta é a modalidade realizada, em 2017, no Brasil. Os
treinamentos da série Felino iniciaram-se no ano 2000 e são uma
oportunidade de promoção da cooperação, amizade e união entre as
nações. A cada biênio são colocados países diferentes para
sediar o evento. O
Exercício foi batizado com o nome de Felino em razão deste mamífero
selvagem estar presente nos continentes americano e africano.
FONTE: Por
Alexandre Gonzaga Assessoria
de Comunicação Social (Ascom) Ministério da Defesa / Fotos:
Sgt Manfrim/MD
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