Por: Alexandre Gonzaga
Familiares e amigos dos militares que compõem a tripulação da "Barroso" estiveram neste domingo (06), na Base Naval, em Niterói, para acompanhar o suspender da corveta, que será a próxima nau-capitânia da Força-Tarefa Marítima da Força Interina das Nações Unidas do Líbano (FTM-UNIFIL). Na
solenidade, o ministro da Defesa, Raul Jungmann, recordou o episódio
ocorrido em setembro de 2015, quando a corveta Barroso resgatou 220
refugiados no Mar Mediterrâneo. "Há um simbolismo. Para o
mundo todo demonstrou sua humanidade, competência e solidariedade,
daqueles que fazem esta tarefa gloriosa de prover a paz. A defesa da
vida é um bem supremo e o Brasil se tornou reconhecido mundialmente
e respeitado por ser um país provedor de paz", disse o
ministro. Será a segunda fez que a corveta brasileira parte para o
Líbano para compor a Força-Tarefa Marítima da UNIFIL e se tornar a
nau-capitânia.
Dirigindo-se
também aos familiares, o ministro destacou que os 195 militares da
corveta Barroso foram muito bem preparados e contam com todo o apoio
da Marinha do Brasil. "Esses homens e mulheres voltarão com
orgulho de terem sido provedores de paz. Quando eles voltarem, quero
estar aqui para recebê-los nossos heróis com a certeza do dever
cumprido", comentou. O ministro Jungmann ainda percorreu as
instalações do navio e recebeu explicações sobre funcionamento de
radares e outros equipamentos. O comandante da Marinha, almirante
Eduardo Bacellar Leal Ferreira, lembrou o orgulho da Força Naval
brasileira, que por seis anos ininterruptos, desde sua criação,
mantém o comando da única força-tarefa marítima em operação de
manutenção de paz sob égide das Nações Unidas.
"Demonstra o
elevado conceito que os marinheiros e fuzileiros navais perante
outras Marinhas e a capacidade logística e operacional da Força em
manter seus meios em áreas afastadas." E continuou: ao
contribuir para estabilidade regional no mar adjacente ao Líbano,
reforçamos o compromisso internacional do Brasil em apoiar países
amigos e compor o esforço conjunto para garantir a segurança das
linhas de comunicação marítimas e o imprescindível comércio que
por ela flui", destacou o almirante.
Para
o comandante da corveta Barroso, o capitão de fragata, Dino Avila
Busso, desde 2011 o Brasil tem se destacado com a presença da
Marinha na UNIFIL e ajudado muito a população do Líbano. "O
navio passou um período longo de preparo e manutenção de seus
equipamentos. Saímos hoje muito bem preparados e motivados em elevar
o nome do Brasil nessa missão de paz. Um dos tripulantes da corveta
Barroso, o cabo Victor Hugo aguardava a sua partida ao lado da esposa
Anna Paula e do filho Thor, de dois anos. "Estou indo pela
segunda vez para o Líbano e vamos cumprir nossa missão",
comentou o militar. Também o terceiro sargento fuzileiro naval
Santana não escondia a expectativa de participar da missão.
A
"Barroso"
De
projeto e fabricação nacionais, a corveta é um navio de 103,5 m de
comprimento e 2,4 mil toneladas (a plena carga), com autonomia para
permanecer por 30 dias em missão. Sua velocidade nominal máxima,
com turbina a gás, é de 30 nós, e seu raio de ação, com
velocidade de 12 nós, é de 4 mil milhas (ou 7,2 mil km).A “Barroso”
irá se deslocar para a área de operações, cumprindo escalas
logísticas programadas em Natal-RN, Las Palmas (Espanha) e Toulon
(França). Sua chegada em Beirute (Líbano) está prevista para o dia
8 de setembro do corrente ano.
A
UNIFIL
A
UNIFIL conta, atualmente, com a participação de diversos países,
incluindo o Brasil, e com aproximadamente 12 mil militares, além de
funcionários civis. A presença do navio brasileiro contribui para a
garantia da paz e da segurança na região, além do adestramento da
Marinha Libanesa.
FONTE: Assessoria de Comunicação Social (Ascom) / Ministério de Defesa, Fotos:
Divulgação
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