Por: Redação OD
Com
uma grande atuação de inteligência, a Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro
apreendeu na tarde desta quinta-feira (01) uma carga com pelo menos 60 fuzis no
setor de cargas da Receita Federal do Aeroporto Tom Jobim. As armas foram
encontradas por policiais da Delegacia de Roubos e Furtos de Cargas (DRFC)
dentro de filtros de piscinas. Quatro pessoas foram presas na operação, uma
delas um empresário de São Gonçalo, que seria o fornecedor do armamento para o
tráfico.
Segundo o secretário de Segurança, Roberto Sá, esta é a maior
apreensão de armas no estado nos últimos dez anos, pelo menos.Os
policiais também apreenderam no aeroporto sete caixas com munição 762, usada
nos fuzis AR-10, num total de 140 projéteis. No Rio, um dos presos é o
empresário identificado como João Vitor Rosa da Silva. Ele seria o fornecedor
de armas de guerra para traficantes do estado. O empresário foi preso em São
Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio, numa academia de ginástica.
O
cabeça do esquema, um brasileiro que mora em Miami, nos Estados Unidos, está
sendo procurado pela polícia. O homem é dono de uma empresa de importação e
exportação. Os fuzis, modelos AK-47, G3 e AR-10, vinham de Miami dentro de
contêineres junto com uma carga de aquecedores para piscinas. Segundo a
polícia, as armas custavam de R$ 40 mil a R$ 45 mil e eram vendidas para todas
as facções do tráfico.
Resultado da operação
Durante a operação, realizada nesta quinta, quatro
pessoas foram presas. Os suspeitos, que não tiveram a identidade revelada,
moravam em Niterói, Jacarepaguá e na Baixada Fluminense. Dois deles
eram responsáveis pelo recebimento e distribuição das armas. Já os outros
dois ficavam responsáveis pelo desembaraço aduaneiro e pelo transporte do
aeroporto até o galpão da organização criminosa, respectivamente. A polícia
também apreendeu mais de 60 armas de guerra, entre elas: 45 AK47, 14
AR10 e 1 G3.
'Calamidade pública'
Durante a coletiva de imprensa sobre o caso, o
Secretário de Segurança, Roberto Sá, afirmou que vivemos em um Estado de
calamidade pública. "Estou tomado pela emoção e pela indignação, mas tenho
que parabenizar a Polícia Civil. Preciso ressaltar que a gente está em Estado
de calamidade pública, que esses policiais estão sem décimo terceiro, metas,
RAS... Fato esse que não nos impediu, de por amor e vocação, todos os dias
darmos respostas a criminalidade", disse.
De acordo com Roberto Sá, em 150 dias 250 fuzis
foram apreendidos. Além disso, ainda segundo o secretário, o estado do Rio
de Janeiro tem 60 mil mortos por ano, 80% deles por arma de fogo. "Quantas
pessoa vão deixar de morrer com a apreensão desses fuzis? Isso é medida
estruturante. Me sinto enxugando gelo, mas ai da sociedade se a gente não
enxugasse gelo dia após dia (...)Que país nós queremos? Não adianta achar que
a Polícia todo dia vai fazer uma operação como essa. É preciso um pacto
Nacional (...). Do jeito que está a legislação, os criminosos não ficam presos
muito tempo e voltam a delinquir", finalizou.
FONTE: Jornais Extra e O Dia
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