Durante os dias 22 a 29 de maio, o Estágio de Caçador de Operações Especiais, ministrado pelo Centro de Instrução de Operações Especiais do Exército Brasileiro, teve suas atividades executadas no Campo de Instrução e na Seção de Tiro da AMAN. O total apoio do Comando da AMAN e do Corpo de Cadetes foi condição "sine qua non" para que todas as atividades previstas fossem realizadas no mais alto nível, possibilitando a melhor capacitação possível aos futuros Caçadores de Operações Especiais.
Na ocasião os alunos ingressaram na disciplina de Técnica de Caçador em Ambiente Urbano e aprenderam técnicas de tiro usuais deste ambiente operacional. Além de exercícios de tiro inéditos por parte de muitos alunos, técnicas específicas do tiro de precisão para Operações Especiais foram ministradas. Destaca-se o pioneirismo da Equipe de Instrução que, fruto de seu vasto conhecimento e dedicação, idealizado pelo 2o Sargento Sarmento, construiu uma plataforma instável de tiro.
A estrutura móvel simula situações de disparos onde o atirador não tenha estabilidade, estando ele, embarcado em navio, bote pneumático, helicóptero ou viatura, permitindo ao caçador identificar, em meio às condições de instabilidade, o momento adequado para seu disparo. Devido à extensa e diversificada área do Campo de Instrução da AMAN, foi realizada a avaliação final de caçada, obrigando o aluno adaptar sua camuflagem individual e sua roupa guillie, outrora utilizada nas condições do cerrado brasileiro. A avaliação foi coroada com a prática do tiro real após a ocupação da Posição Final de Tiro (PFT) sem que o aluno saísse de situação e, após isso realizasse sua exfiltração.
A forma de avaliação com o tiro real e exfiltração da PFT, exclusiva do Estágio de Caçador de Operações Especiais, proporciona ao aluno total realismo nas suas ações e aumenta sobremaneira o grau de dificuldade da atividade. Ainda na Academia Militar Das Agulhas Negras os alunos tiveram oportunidade de realizar o tiro embarcado em aeronave. O apoio do Comando de Aviação do Exército foi prestado por intermédio do 2o Batalhão de Aviação do Exército, unidade aérea já consagrada no adestramento conjunto com o Comando de Operações Especiais do Exército Brasileiro. A aeronave empregada foi o HM-1 Pantera, onde a bordo foram ensinadas técnicas e conceitos de balísticas necessários para condução desse tipo peculiar de tiro.
A experiência e o entrosamento tático da Tripulação e Equipe de Instrução foram preponderantes para a execução, com segurança e sucesso, das atividades. Foram realizados tiros com aeronave em desfile, com voo de aproximação (derrapagem) e voo pairado, empregando armamentos semi-automático e aferrolhados, calibre .308 e com optrônicos diversos. A magnífica estrutura da Seção de Tiro da AMAN, referência internacional e pólo difusor da atividade de tiro nas Forças Armadas há 28 anos, foi preponderante para execução de exercícios de tiro previstos na disciplina, que exigem alto grau de dinamismo, dificuldade e coordenação por parte da Equipe de Instrução, sendo exploradas todas as capacidades da seção.
Após encerrada a Fase Técnica do Estágio, onde o aluno aprendeu a mais vasta gama de técnicas de tiro de Caçador, a sua maioria exclusivas das Operações Especiais, aliadas à grande carga teórica, o Estágio entra em sua fase final. É na Fase de Operações que o aluno aprenderá e colocará em prática os ensinamentos sobre Organização, Preparo e Emprego das Equipes de Caçadores de Operações Especiais, em Operações de Reconhecimento e Ação Direta Seletiva, em ambiente Rural e Urbano, potencializando todas as técnicas aprendidas na fase anterior.
FONTE: Centro de Instrução e Operações Especiais
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