terça-feira, 11 de abril de 2017

Navios Antárticos da Marinha do Brasil regressam ao Rio de Janeiro

Imagem: Marinha do Brasil.
Por: Redação OD

Após uma missão de seis meses, chegam ao cais do Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro, os navios polares da Marinha do Brasil; Navio Polar H-41 "Almirante Maximiniano" e o Navio de Apoio Oceanográfico H-44 "Ari Rongel", ambos com atracação prevista para as 11 horas (horário de Brasília).

Os mesmos partiram do Rio de Janeiro no dia 10 de outubro de 2016, com a missão de prestar o devido apoio de suprimentação da EACF-Estação Antártica Comandante Ferraz, a base brasileira na península Antártica, que opera ininterruptamente com a presença de militares e pesquisadores desde 1986.

Além da missão de suprimentação da EACF, a missão denominada "Operação Antártica XXXV" também teve a tarefa de transportar uma chata de carga para a utilização nas operações de transporte de combustível e materiais diversos para os Módulos Antárticos Emergenciais (MAE) da EACF, bem como apoiar atividades científicas das mais diversas tais como; Oceanografia, Hidrografia, Biologia, Geologia, Antropologia e Meteorologia, realizando observações de animais e coleta de amostras de solo e água. 

As atividades científicas envolvem profissionais de inúmeras instituições de ensino e pesquisa do País, que desenvolvem trabalhos utilizando os nossos “Navios Antárticos” como plataforma de coleta de dados ou de apoio para o estabelecimento de diversos acampamentos na região polar austral. 


Imagem via Ministério da Defesa/MB.

Dentre as principais tarefas executadas pelos Navios, destacaram-se a coleta de dados em estações oceanográficas e geológicas e o lançamento de boias de deriva e de radiossondas. Além disso, foi realizado o apoio à EACF, com a transferência de óleo combustível e de gêneros. As embarcações orgânicas foram utilizadas para apoiar o embarque e o desembarque de material e pessoal nos diversos pontos da região e a projetos de observação de baleias, com as coletas bem sucedidas de amostras de pele de várias espécies, incluindo as baleias Orca.

Com o intuito de promover a integração e cooperação, levando a Bandeira do Brasil e a presença científica brasileira à região, houve visitas protocolares a bases e estações estrangeiras. Os Navios dispuseram de um Destacamento Aéreo Embarcado (DAE), composto por dois helicópteros do tipo Esquilo, para o apoio aos projetos científicos. A Operação contou com a sinergia entre várias esferas do Poder Público Nacional, além de instituições internacionais, no transporte, permanência e salvaguarda de pesquisadores e do seu material na Antártica. 


Nesse contexto, aeronaves Hércules C-130 da Força Aérea Brasileira fizeram voos de apoio regulares, que partiram do Brasil com destino à Base Aérea Chilena Presidente Eduardo Frei, próxima à EACF. Já em solo antártico, os pesquisadores, visitantes, jornalistas e autoridades convidadas, civis e militares, brasileiras e estrangeiras, foram apoiadas pelos Navios. Com o fim da OPERANTAR XXXV, os navios contabilizarão aproximadamente 136 dias de mar e terão navegado cerca de 25.000 milhas cada, em prol do cumprimento da missão.

O REGRESSO

Ao findar essa comissão, coroada de êxitos, a Marinha do Brasil, mais uma vez, cumpriu a sua missão na certeza de que todos os esforços durante a OPERANTAR XXXV ajudarão na melhor compreensão do clima e do impacto causado pela atuação humana no planeta, bem como na produção de melhores modelos de previsões meteorológicas para o Brasil, elevando a nossa presença brasileira no continente e no cenário internacional.


O regresso dos Navios ao Brasil é motivo de alegria não só para os tripulantes, como também para os seus familiares, que aguardam ansiosos a chegada dos seus entes queridos. O orgulho ostentado por todos se reflete em toda a nação brasileira, posto que, de forma pacífica e em consonância com a preservação do meio ambiente, a presença dos Navios na Antártica contribuiu para consolidar o alto conceito desfrutado por nosso País entre as nações signatárias do Tratado Antártico, garantindo ao Brasil o direito de participar das decisões que influenciarão o destino daquele continente e de continuar a ostentar a Bandeira Nacional nas águas austrais.  

Fonte: Marinha do Brasil

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