Por: Redação OD
Até o fim desta semana o Conselho de Segurança da Organização das Nações
Unidas (ONU) deve avaliar uma recomendação da Secretaria-Geral da organização
sobre o encerramento, em outubro próximo. da Missão das Nações Unidas de
Estabilização no Haiti (Minustah). Desde seu início, a Minustah teve grande
participação das Forças Armadas brasileiras. As informações são da ONU News.
A chefe da Minustah, Sandra Honoré, fala ao Conselho de Segurança das Nações Unidas | Foto: |
Se o término da Minustah for aprovado, o Conselho de Segurança
deve criar uma pequena missão de paz para acompanhar, durante seis meses, a
situação no país após a retirada das tropas da ONU. Antes de falar nesta terça-feira (11) ao Conselho de Segurança, a chefe
da missão, Sandra Honoré, disse em entrevista à ONU News que
os soldados de paz estão presentes no Haiti há 13 anos. Segundo ela, o país
está pronto para a mudança. "Temos visto progressos no país e, no que diz
respeito à estabilização, temos visto um processo eleitoral que nos levou ao
momento atual, onde o parlamento haitiano está funcionando normalmente".
Desenvolvimento
Segundo a chefe da Minustah, a ordem constitucional foi retomada no
Haiti, especialmente após a posse do presidente Jovenel Moïse, no dia 7 de
fevereiro. Com isso, Sandra Honoré destaca que o processo de desenvolvimento
socioeconômico deve se acelerar no país. "O povo do Haiti merece esse desenvolvimento e eu espero que a
administração e o governo trabalhem de uma maneira que produza esses efeitos positivos no
interesse do povo haitiano", destacou. Ela garante que a segurança no país
está estável, apesar das fragilidades.
Ao Conselho de Segurança, a chefe da
Minustah explicou que a Polícia Nacional Haitiana, com 14 mil integrantes,
"está forte e tem capacidade de planejar e realizar operações complexas". Sandra Honoré acredita ser o momento de "reformular a parceria
entre a comunidade internacional, as Nações Unidas e o Haiti, com o objetivo de
garantir progresso sustentável" no país.
Participação brasileira
Ao longo dos 13 anos no Haiti, o Brasil manteve o maior contribuinte de
tropas da Missão para a Estabilização, segundo a ONU. De 2004 a fevereiro de
2010, o país manteve um contingente de 1.200 militares, com rotação semestral.
E desde 2004 o comando militar de todas as tropas que compõem a Minustah,
provenientes de 19 países, é exercido por generais brasileiros. Após o terremoto, que atingiu o Haiti em janeiro de 2010, o Brasil
passou a manter um contingente maior no país, formado por cerca de 2.200 soldados
e oficiais. Desde o início da participação brasileira até hoje, mais de 13 mil
militares brasileiros serviram no Haiti. Em agosto de 2016, havia 1.303
brasileiros na Minustah.
FONTE: EBC | Agência Brasil
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