Com foco na ajuda humanitária, tropas da Minustah realizam a segurança das ONGs que transportam mantimentos no país caribenho |
Por: Redação OD
O comandante da Missão das Nações Unidas para a
Estabilização no Haiti (Minustah), general Ajax Porto Pinheiro, informou que as
futuras ações desempenhadas pelo contingente brasileiro no país caribenho serão
de ajuda humanitária. O furacão Matthew atingiu a região sul do país, no início
do mês, com ventos de até 240 quilômetros por hora, destruindo casas,
arrancando postes, árvores e antenas. Cerca de mil pessoas morreram e milhares
ficaram desabrigados.
Após
deslocar 570 militares brasileiros integrantes da Infantaria e de tropas da
Companhia de Engenharia do Exército, além de Fuzileiros Navais, para a região
mais afetada pelo furacão, o general Ajax destaca que os militares agora atuam
em várias frentes, bem como na segurança de comboios humanitários. “Na última
terça-feira (11), um grande comboio com 25 caminhões abastecidos com
suprimentos seguiu até a cidade de Jeremie”, contou.
Na próxima sexta-feira (14), uma aeronave Hércules, da Força Aérea
Brasileira (FAB), parte de Brasília para levar material de apoio aos
desabrigados pelo furacão Matthew, no Haiti. Serão enviadas 75 barracas com
área útil de 25 metros quadrados cada, doados pela Secretaria Nacional de
Proteção e Defesa Civil (Sedec) do Ministério da Integração.
Militares brasileiros durante trabalho de desobstrução de estradas de acesso às áreas afetadas pelo furacão Matthew |
Na segunda-feira (17), outro avião transportará cerca de 10
toneladas de donativos, angariados pela Rede de Solidariedade ao Haiti, sob a
coordenação do Ordinariado Militar do Brasil. Em Porto Príncipe, terão o apoio
da Cruz Vermelha haitiana e do BRABAT para executar o transporte até a
Instituição Sagrado Coração de Jesus, que atende mais de mil pessoas, entre
adultos e crianças.
Além
disso, os militares da Minustah ainda trabalham na segurança dos campos de
pouso de helicópteros. As tropas de Engenharia atuam na recuperação de eixos
parcialmente destruídos, como estradas e pontes. O general brasileiro, que
comanda o componente militar, ressalta que ainda há muitas comunidades
isoladas. “Desde o dia seguinte da passagem do furacão, a nossa engenharia tem
atuado nessas frentes e refeito ligações que são fundamentais para a chegada do
apoio humanitário”, destacou.
Ainda com foco na ajuda humanitária, as tropas da Minustah também
realizam a segurança das ONGs que transportam mantimentos. “Estamos
fazendo também segurança de transporte de gêneros e embarcações, que é algo
inédito para nós. Como várias comunidades estão no litoral, nós estamos levando
gêneros diretamente aos pequenos portos dessas comunidades”, esclareceu o
general.
Ontem,
foi enviada uma equipe do hospital argentino para ficar mais próxima dos
militares brasileiros e poder prestar apoio na área de saúde. O general avalia
que haverá um aumento do número dos casos de cólera, dengue, zika, dentre
outras epidemias, que deverão vir após a passagem da tempestade tropical. Desde o ano de 2004, as tropas brasileiras participam da Minustah
e atuam nas áreas mais violentas do país caribenho, além de prestar apoio às
atividades de assistência humanitária e de fortalecimento das instituições
nacionais daquele país.
Por Lane Barreto, Assessoria de Comunicação Social (Ascom) Ministério da Defesa / Fotos: Divulgação 24º CONTBRAS
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