Por: Redação OD
Os Jogos Olímpicos deixaram um
importante legado na área de segurança para o Rio de Janeiro. Além da aquisição
de equipamentos e da oferta de cursos e oficinas de capacitação para policiais
militares e civis e bombeiros, a integração entre os diversos órgãos das três
esferas de governo ficará como herança da Olimpíada para a população e será
essencial para reforçar a segurança durante a Paralimpíada, que começa no
próximo dia 7 de setembro. Nos preparamos ao longo dos últimos anos e hoje
podemos dizer que fomos vitoriosos nesta primeira fase dos Jogos Olímpicos.
O nível de preocupação deve ser
mantido e equipes continuam atuando nas centrais de comando e controle da
segurança visando os Jogos Paralímpicos. Integração é a palavra-chave da Rio
2016. Com a atuação conjunta dos eixos de Segurança, Defesa e Inteligência nos
âmbitos federal, estadual e municipal, conseguimos mostrar que é possível
realizar eventos pacíficos e seguros – disse o subsecretário Extraordinário de
Grandes Eventos da Secretaria de Segurança, Roberto Alzir.
Atualmente, são mais de 6 mil câmeras
de monitoramento georreferenciadas que transmitem imagens em alta resolução e
em tempo real para o Centro Integrado de Comando e Controle (CICC). Os CICCs
Móveis, que funcionam em caminhões e são usados em grandes eventos, possuem
câmeras acopladas, inclusive com visão noturna. O CICC favoreceu, desde a Copa
das Confederações (2013), a integração e interoperabilidade entre as forças de
Segurança, Inteligência, Defesa, Defesa Civil e Ordenamento Público.
A Secretaria de Segurança também
firmou parceria com agências internacionais (Estados Unidos, Reino Unido,
França, Israel, entre outros países), que ajudaram a capacitar agentes públicos
no enfrentamento a ameaças externas. O CICC se consolidou como marco da
segurança em grandes eventos. Desde a inauguração, em 2013, ampliamos o grau de
integração das forças, seja na rotina como em grandes eventos e casos de
incidentes. Hoje, nosso dia a dia já conta com 10 agências e, durante os Jogos
Rio 2016, concentramos aqui a representação de mais de 20 entidades.
Foi uma experiência memorável, que
faz do CICC uma referência internacional, inclusive recebendo delegações de
locais que receberão futuros eventos. Todos ficam bastante impressionados com a
estrutura que implementamos e dispomos, o que, para nós, é motivo de orgulho e
um importante legado para o Rio – afirmou o subsecretário de Comando e
Controle, Edval Novaes.
Polícias e Bombeiros investem em equipamentos e capacitação
A Polícia Militar ganhou dois helicópteros bimotores modelo EC 145 adaptáveis
para múltiplas funções como imageamento aéreo, transporte de equipes de
intervenções táticas e salvamento aeromédico. Além disso, possui um software de
navegação por realidade aumentada que mistura imagens registradas em tempo real
pela câmera com mapas online. As aeronaves podem decolar por instrumentos, em
condições meteorológicas desfavoráveis e são equipadas com farol de busca
infravermelho, radiopatrulha, alto-falante externo, câmera com infravermelho e
sensor de temperatura para buscas noturnas.
A PM também contará com o apoio de
três aeróstatos, balões que ficam a 200 metros de altura e 2 quilômetros de
área de abrangência e que possuem um sistema de geração e transmissão de
imagens em tempo real e alta definição para o CICC. Já a Polícia Civil
disponibiliza uma DP Móvel – ônibus que funciona como uma delegacia, prestando
atendimento aos cidadãos e servindo de ponto de apoio para outras unidades. A
DP Móvel funcionou no Maracanã, nas cerimônias de abertura e encerramento dos
Jogos, e na Vila Olímpica, para prestar atendimento especializado aos
atletas.
Durante os Jogos, foram instaladas
projeções de delegacias nas regiões de competições e reforço do efetivo,
inclusive com atendimento bilíngue para estrangeiros. O Núcleo de Apoio a
Grandes Eventos (Nage) da Polícia Civil realizou diversas operações de combate
ao cambismo, inclusive com a prisão de dirigentes e empresários internacionais
envolvidos no esquema. Também atuou no combate ao comércio de produtos ilegais
contendo o símbolo dos Jogos Olímpicos e na investigação de casos envolvendo
atletas estrangeiros, com repercussão internacional.
O Corpo de Bombeiros capacitou mais de 3 mil pessoas entre militares e
servidores de outras instituições de segurança do Estado e do Brasil para
atuarem na Olimpíada. Os alunos se aprimoraram tática, estratégica, operacional
e tecnicamente em conteúdos como Comunicação Social, Psicologia de Massa,
Gerenciamento e Análise de Risco e Sinalização de Emergência. No quesito
material, o governo americano doou equipamentos para atuação em atentados
terroristas de natureza QBRN (Ameaças Químicas, Biológicas, Radiológicas e
Nucleares).
Roupas específicas (EPIs) como
máscaras, antídotos, macas bolhas e objetos de detecção de nuvens tóxicas
ficaram como legado para o Grupamento de Operações com Produtos Perigosos
(GOPP). Além dos legados do Governo do Estado, o Ministério da Justiça e
Cidadania criou um Núcleo Permanente de Inteligência e Operações para combater
o tráfico de drogas e armas e o contrabando nas fronteiras brasileiras.
Vinculado à Polícia Federal, o Centro de Cooperação de Polícia Internacional
(CCPI) será usado como unidade de inteligência para combater criminosos
brasileiros e estrangeiros e o tráfico de drogas em parceria com agentes
internacionais.
FONTE: SESEG RJ
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