Por: Anderson Gabino
A Força Aérea Brasileira deu início nesta
quarta-feira (3), as zonas de exclusão de controle do espaço aéreo no Rio de
Janeiro e em outras cidades que sediarão eventos da Olimpíada. Nessas áreas,
divididas em "amarelas" e "vermelhas", a FAB passará a
permitir apenas voos autorizados, como transporte de chefes de Estado,
delegações e aeronaves comerciais. No Rio, a zona controlada amarela compreende
um raio de 27,78 km, incluindo os aeroportos do Galeão e Santos Dumont. A área
se estende de Niterói até a praia de Grumari e do Oceano Atlântico até a Nova
Iguaçu. A zona vermelha tem um raio de 7,2 km a partir do centro do Parque
Olímpico e ficará ativa até o final dos Jogos, sendo retomada para a
Paraolimpíada.
Paralelamente na Base
Aérea de Santa Cruz, foi apresentando as aeronaves que irão estar de alerta 24
h, no mesmo período, em que a zona de exclusão aérea estiver operacional. Serão
empregados os caças F-5 M, aeronaves de alta performance utilizado quando a
ameaça hostil seja uma aeronave que esteja voando em alta velocidade, os F-5 M
estão equipados com um canhão M39A2 de 20 mm e misseis Phyton 4 (sensíveis
ao calor). Para o caso de uma ameaça ser uma aeronave de performance média/baixa
(como um monomotor ou um helicóptero) será a vez dos A-29 Super Tucano realizarem
a abordagem, os ST estão armados com duas metralhadoras FN Herstal M3P de
12,7 mm (.50).
Trabalhando em
conjunto com estes dois vetores, temos ainda os E-99 aeronave de vigilância de
alta performance e os ARP´s RQ-450 Hermes (Aeronaves Remotamente Pilotadas – vulgos “Drones”) que serão utilizados de forma constante. Possuindo uma
autonomia de mais de 16 h de voo, e voando a uma altura média de 10.000 pés
(mais ou menos 3.050 Metros), estes ARP´s serão os olhos do COMDABRA em tempo
real, pois tudo que por ele é visto e captado, o Centro em Brasília, enxerga a mesma coisa
em tempo real. O acompanhamento dessas operações será feito em uma sala
chamada de "Sala de Decisão". Nesta sala um alto
oficial encarregado de plantão, acompanhado por assessores jurídicos e de
inteligência, entre outros militares, serve de elo com o comandante da
Aeronáutica, única autoridade na Força que tem o poder de decisão final sobre
eventual tiro de abate.
Essa competência foi delegada ao comandante pelo
decreto presidencial 8.787/2016. A área de exclusão tem por objetivo
"garantir a defesa do espaço aéreo e um fluxo de tráfego aéreo seguro e
ordenado". Também estão de prontidão na BASC uma equipe de DQBRN
(Defesa, Química, Bacteriológica, Radiológica e Nucelar), em alerta permanente
com um SC-105 Amazonas para o caso que se tenha de transferir alguma vítima
para outro estado, no caso de um acidente de grandes proporções, em que os
hospitais de referência para estes acidentes, não consigam estar dando conta da
demanda de pacientes. Em caso de um ataque, os pacientes serão removidos, para
os hospitais da Marinha (Marcílio Dias), do Exército (HCE) ou da Aeronáutica
(HFAG).
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