Por: Redação OD
Força,
determinação e serenidade são características percebidas por quem conversa com
a 2º Sargento de Saúde Jéssica Gonçalves Pinheiro.
A militar é integrante da Escola de Educação Física do Exército (EsFEx) e foi a
primeira mulher a participar do curso de Monitor de Educação Física no inicio
deste ano, com mais 34 Sargentos.Sua participação foi um laboratório para a
adequação dos índices à fisiologia feminina, devido ao ingresso do segmento
feminino na linha bélica de ensino do Exército Brasileiro em 2017.
A
formação da mulher como oficial combatente será iniciada na Escola Preparatória
de Cadetes do Exército (EsPCEx), em Campinas (SP), e concluída na Academia
Militar das Agulhas Negras (AMAN), em Resende (RJ). O preparo da mulher como
sargento combatente será iniciado nas Organizações Militares de Corpo de Tropa,
em Juiz de Fora (MG), e concluído na Escola de Sargentos de Logística (EsSLog),
no Rio de Janeiro.
O Major Guilherme
de Almeida Gerken, Instrutor-Chefe da Divisão de Ensino da
EsEFEx, explicou que a participação da Sargento Jéssica no curso surgiu devido
a uma necessidade do Exército e da Escola. “A inclusão da mulher aconteceu para
que pudéssemos mapear as necessidades e adequar a Escola e, claro, o Exército,
a essa nova realidade. A Sargento Jéssica correspondeu muito bem às
expectativas, sendo a 8ª colocada no curso, sempre se destacando nas
atividades”, ressalta.
Para o
Major Laércio Camilo Rodrigues,
Chefe da Seção Técnica de Ensino da EsEFEx, esse laboratório serviu para que os
índices femininos fossem avaliados e, depois de estudos complementares,
implantados. “Durante o curso, avaliamos até que ponto os índices propostos
pela Escola, em parceria com o Instituto de Pesquisa da Capacitação Física do
Exército (IPCFEx), estavam adequados ao sexo feminino. Agora, estamos
computando os dados que colhemos para fazer uma proposta definitiva”, concluiu.
Ao longo
do curso, a Sargento destacou-se ao obter índices significativos em vários
esportes: pista de pentatlo militar (PPM), basquete, futebol, vôlei,
orientação, tiro e lutas, demonstrando o excelente preparo e cumprindo todas as
exigências práticas de um "calção preto", como são chamados, na Força
Terrestre, os instrutores e monitores de Educação Física. Ao final, recebeu o
destaque em Métodos de Educação Física, oferecido ao militar que obtém a maior
nota nessa disciplina.
“Para mim
foi uma questão de superação, pois fazer o curso com 34 homens, sem nenhuma
mulher como referência, e sabendo que eu abriria portas para outras mulheres
foi uma honra, mas também uma responsabilidade muito grande”, resume a
Sargento. De volta ao seu ambiente de trabalho, a Sargento Jéssica vai aplicar
tudo que aprendeu durante os cinco meses de curso, particularmente em prol dos
Jogos Rio 2016. “O objetivo da Saúde pode ser dividido em três: a promoção da
saúde, a prevenção das doenças e a recuperação. E a Educação Física faz
exatamente esse papel. Volto para minha função integrando Saúde com Educação
Física e, dessa forma, promovendo a saúde dos nossos militares”, explica.
FONTE: CCOMSEX
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