Por: Redação OD
Na entrada, militares e trancas
magnéticas impedem o acesso de pessoas não autorizadas. Segue-se por um
corredor até a sala que é considerada o cérebro do maior plano de segurança já
montado pelas Forças Armadas no país. Em seu interior, computadores, um grande
painel (onde tudo é acompanhado por imagens da cidade geradas em tempo real) e
muitos, muitos homens do Exército, da Marinha e da Aeronáutica. Assim é o
Centro de Coordenação Geral de Defesa de Área do Rio, instalado na sede do
Comando Militar do Leste (CML), no Palácio Duque de Caxias, no Centro.
É de lá
que partirá a ordem que mobilizará, a partir de hoje, todos os 22 mil soldados
que atuarão na segurança dos Jogos.No local, ninguém esconde a agitação.
Com a chegada, nesta quarta-feira, da última leva de militares convocados de
bases de outros estados para atuar na Olimpíada, as Forças Armadas garantem
estar prontas para fazer a segurança do maior evento esportivo do mundo. A
cidade está recebendo 22 mil soldados, e outros 18 mil se dividem entre as
cinco cidades que terão partidas de futebol: São Paulo, Brasília, Salvador,
Manaus e Belo Horizonte.
O centro de controle foi ativado no
dia 15 de julho e trabalha ininterruptamente. Podemos dizer que, agora,
estaremos atuando com força máxima — afirmou o contra-almirante Carlos Chagas,
chefe do Estado-Maior Conjunto da Coordenação Geral de Defesa de Área. Além do núcleo que reúne oficiais do
Exército, da Marinha e da Aeronáutica, a segurança dos Jogos conta com outros
dois centros de coordenação: o de segurança pública, comandado pelo Ministério
da Justiça, e o de inteligência, chefiado pela Abin. De acordo com autoridades,
há uma permanente troca de informações entre os três, e representantes de
outros países que participarão da Olimpíada também colaboram com os trabalhos.
Dos 22 mil homens que atuarão no Rio,
pelo menos três mil foram preparados exclusivamente para enfrentar ameaças
terroristas. Militares estão reforçando o policiamento de toda a Zona Sul
(principalmente em Copacabana e na Lagoa Rodrigo de Freitas), do Maracanã, de
Deodoro e da Barra. Também haverá patrulhamento do espaço aéreo e da costa,
incluindo a Baía de Guanabara.
Segundo o contra-almirante Carlos
Chagas, soldados também ficarão de prontidão em instalações estratégicas, como
usinas hidrelétricas, estações de energia elétrica, sítios de antenas de
telefonia celular e locais que são fundamentais para a transmissão de imagens e
dados dos Jogos. Especialistas em ações contra ataques químicos, biológicos e
nuclear fazem parte do efetivo. A estrutura criada pelo Ministério da
Defesa para evitar atentados é chamada de Comando Conjunto de Prevenção e
Combate ao Terrorismo (CCPCT), e reúne equipes das Forças Armadas que
acompanham análises de risco feitas pelo Sistema Brasileiro de Inteligência.
FONTE: O GLOBO
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