sexta-feira, 22 de julho de 2016

Marinha do Brasil simulou ação contra um ataque terrorista nas barcas no Rio de Janeiro


Por: Anderson Gabino

A Marinha do Brasil (MB), por meio do Coordenador de Defesa Setorial (CDS) Copacabana, realizou nesta quinta-feira dia 21, nas proximidades da praia de Boa Viagem, em Niterói um treinamento no qual foi simulado o sequestro de urna embarcação de passageiros da empresa CCR Barcas. A embarcação utilizada no exercício desatracou do Terminal Araribóia, com 200 militares à bordo simulando passageiros e tripulantes, os ‘terroristas” que também são militares da Marinha, se infiltraram no meio dos passageiros e ao desatracar do cais em Niterói, anunciaram o ato terrorista e fizeram a tomada da Barca. 


Ao serem avisados do atentado em uma das Barcas, o Centro de Coordenação das Barcas CCR entrou em contato com o Coordenador de Defesa Setorial (CDS) Copecanada, avisando as autoridades da Marinha do Brasil de um ataque em uma de suas embarcações. De imediato a Marinha enviou embarcações para o local e deu-se início das negociações. Neste Exercício a Marinha do Brasil empregou suas equipes de Negociadores, de Operações Especiais, Comandos Anfíbios e Mergulhadores de Combate, que foram inseridos por embarcações de assalto e helicópteros, além de equipes de desativação de artefatos explosivos (DAE), que contam com cães de faro e equipamento tecnológico. 


Todas essas equipes estarão integradas por um Centro de Coordenação embarcado, para um exercício de retomada e libertação de reféns. “O objetivo deste exercício é treinar a pronta resposta das equipes envolvidas na proteção e segurança da população durante a Olimpíada, como as tentativas de negociação, supostamente, foram infrutíferas, os militares irão invadir a embarcação”, explicou o Capitão de Mar e Guerra José Augusto Ferreira, chefe do Estado Maior do Grupo Tarefa Marítimo, responsável pela segurança na orla. 


No momento em que se chega à conclusão de que a negociação não vai ser bem-sucedida, o ato contínuo é a invasão, o sucesso de uma retomada de uma embarcação está ligado à quantidade de ações que conseguimos tomar, seja pelo ar, pelo mar ou por debaixo d’água. Neste caso, fizemos a retomada pela superfície. Após a autorização da torre de controle do Aeroporto Santos Dumont (que, numa situação real, teria sido fechado diante da situação de emergência), dois helicópteros chegaram ao local.


Um UH-12 do esquadrão HU-1 fazia a cobertura aérea do perímetro e tirando um pouco da atenção dos terroristas para que a outra aeronave um UH-15 do esquadrão HU-2 pudesse chegar sorrateiramente pelo lado oposto e assim realizar um assalto aéreo de COMANF´s (Comandos Anfíbios, do Corpo de Fuzileiros Navais): ao mesmo tempo uma outra infiltração ocorria simultaneamente a equipe do UH-15, por meio de botes táticos onde se encontravam os GRUMEC´s (Mergulhadores de Combate da Marinha do Brasil) que entraram na barca, para garantir a segurança dos passageiros. 


Neste caso, dois supostos passageiros entraram em pânico e se jogaram ao mar. Uma “ambulancha” do Corpo de Bombeiros estava pronta para dar apoio, mas os civis acabaram atingidos pelos terroristas. Segundo o CMG Jose Augusto, o balanço do treinamento foi “extremamente positivo”: Foi um exercício complexo, que envolveu a coordenação de diversas equipes: aérea, de negociação, de salvamento, de interdição, além do apoio de órgãos de segurança pública e do Corpo de Bombeiros. 


Se a Marinha for chamada para responder a esse tipo de acontecimento, estamos prontos. Nestas operações, sempre há vítimas. Quando iniciamos uma ação como esta, temos a certeza de que vamos retomar a embarcação, mas o sucesso maior é que isso seja feito com o número mínimo de vítimas disse o CMG José Augusto. Com a retomada da embarcação pelos comandos especiais e a neutralização dos terroristas, duas EDVM (Embarcações de Desembarque de Viaturas e Materiais) atracaram aos lados da Barca para a retirada dos passageiros que foram levados em segurança para terra.


Entenda por este breve resumo, o desenrolar da operação:
-  Ás 13h00, o Centro de Controle da CCR Barcas informou o sequestro da Barca Neves V.
-  Essa Barca desatracou do Terminal da Praça XV com destino a Niterói. - Informações iniciais dão conta de 200 pessoas a bordo.
-  Ás 13h10, os navios e embarcações do Grupo-Tarefa Marítimo interceptaram a Barca, que rumava para a concentração da competição de vela.

-   Ás 13h15, foi estabelecido o perímetro de segurança.
- Sabemos que os sequestradores são cidadãos da Bugolávia (mais de 5), falam inglês e reivindicam a independência da região.
-  Ás 13h30, os sequestradores exigiram a presença da imprensa, para divulgação da sua causa.
-  Ás 14h10, enquanto a Equipe de Negociadores do Comando de Defessa Setorial Copacabana negociava a libertação dos reféns, os sequestradores exigiram que os jornalistas embarcassem na Barca Neves V, ameaçando matar reféns, caso a exigência não fosse cumprida.

-  Às 14h18, dois reféns foram mortos e lançados ao mar.
-  Dois passageiros, em pânico se jogaram ao mar, mas foram alvejados pelos terroristas e morreram.
-  Às 14h20, as negociações foram encerradas.

-  Às 14h25, as aeronaves e embarcações, transportando as Forças Especiais da Marinha, partiram para a Cena de Açäo, para a retomada da Barca Neves
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