terça-feira, 24 de maio de 2016

Táticas militares serão matéria curricular nas escolas da Rússia.



O vídeo acima é antigo, mas demonstra as habilidades de adolescentes russos que já se familiarizam com algumas das mais básicas atividades bélicas que é a desmontagem e montagem de um fuzil de combate.

Por: Redação OD 

Alunos de escolas russas devem começar a aprender em breve uma série de táticas militares. A iniciativa partiu do Ministério da Defesa do país. O treinamento será realizado pela Yunarmiya ─ ou Exército Jovem ─ uma organização que existiu durante a União Soviética e foi ressuscitada pelo governo atual. Segundo a agência de notícias russa RIA-Novosti, a iniciativa será lançada como projeto piloto na cidade de Yaroslavl antes de ser replicada nacionalmente em setembro.

O treinamento vai incluir lições práticas sobre como montar rifles, atirar e pular de paraquedas, mas também conceitos teóricos, como história e táticas militares, informou o site de notícias russo Gazeta.ru, citando funcionários do Ministério de Defesa do país. Estudantes usarão uniforme e as unidades terão suas próprias sedes e bandeiras. A faixa etária deve variar entre 14 e 18 anos, mas pode começar a partir dos dez anos. Autoridades russas dizem que a participação não será obrigatória, complementando as aulas normais. O objetivo parece ser expandir a educação militar já oferecida pelas escolas. Desde a anexação da península da Crimeia, em 2014, a Rússia tem vivido uma onda de nacionalismo, e o Ministério da Defesa busca tornar mais estruturado o "crescente número de movimentos militares patrióticos" do país.
A iniciativa dividiu opiniões. "Tentativas de militarizar as crianças são uma violação dos seus direitos", disse ao Gazeta.ru Valentina Melnikova, que dirige uma ONG pelos direitos dos soldados. Mas Andrei Kurochkin, que dirige uma organização rival financiada pelo governo russo, diz haver uma necessidade para "fortalecer a disciplina, aumentar o prestígio das Forças Armadas e desenvolver a educação patriótica". Um dos pais entrevistados pelo Gazeta.ru, no entanto, mostrou-se cético com a medida, "Me questiono se haverá escolas normais depois disso tudo", disse ele.
Fonte: BBC

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