Por Anderson Gabino
O exercício UNITAS aconteceu na passagem pela
costa brasileira do porta-aviões norte-americano USS George Washington em novembro
de 2015, durante o deslocamento do Sul para o Sudeste do Brasil, contornado o
continente Sul-Americano durante viagem do Japão até a costa leste dos Estados
Unidos. Aproveitando-se
desta situação a FAB realizou exercícios aéreos com as aeronaves do porta aviões GW.
Pelo
lado norte-americano participaram caças F-18E/F Super Hornet e F-18C/D Hornet,
além de aviões-radar E-2 Hawkeye, todos operados a partir do porta-aviões USS
George Washington. Já da parte brasileira, caças F-5 e A-1 operando a partir das
Bases Aéreas de Canoas e Santa Maria, no Rio Grande do Sul, e de Santa Cruz, no
Rio de Janeiro. Eles foram
apoiados por aviões-radar E-99 e aviões-tanque KC-130. Em paralelo, aviões de
patrulha marítima P-95 Bandeirulha
e P-3 Orion realizaram missões de combate antissubmarino, busca de alvos navais
e coordenação de ataques navais.
O
cenário dos combates aéreos consistiu em que caças brasileiros A-1 realizassem
missões de ataque a alvos fictícios, tanto no continente quanto no mar com a
proteção dos F-5M, enquanto os F-18 norte-americanos iriam tentar impedi-los.
Em dias alternados, os papéis vão se inverter, os F-18 farão a escolta dos A-1
e os F-5M farão o papel de força oponente. O
planejamento previu simulações de combate na chamada arena BVR (Beyond Visual
Range), quando os caças identificam seus alvos pelo radar e lançam seus mísseis
antes mesmo de enxergarem os oponentes, e também na arena WVR (Whitin Visual
Range), quando são empregados mísseis de curto alcance e canhões.
O Exércício UNITAS
A
UNITAS é um exercício realizado pelas marinhas da região desde 1960. Esta é a
edição de foi a de número 56, e contou ainda com a participação das fragatas
brasileiras Constituição, Liberal e Greenhalgh, do submarino Tapajó e dos
navios-patrulha Gurupá, Babitonga e Amazonas, além de rebocadores e dos
helicópteros UH-12/13 Esquilo e AH-11 Lynx. Entre
os estrangeiros, além do porta-aviões USS George Washington e seus navios de
apoio, houve a participação de embarcações do Chile, México Peru e Reino Unido.
Durante o adestramento, parte do contingente simulou uma força inimiga em terra,
enquanto os demais atuaram como uma coalizão, tudo feito e realizado de acordo
com as resoluções da Organização das Nações Unidas (esta segunda parte
contaremos aqui em breve, com várias fotos exclusivas do exercício na Ilha da Marambaia).