O ponto de partida para o distúrbio simulado foi o confronto entre dois grupos antagônicos que se enfrentaram Foto: Tereza Sobreira/MD |
Por Redação OD
A cidade de Cristalina, em
Goiás, foi palco nesta quinta-feira (28) do último treinamento do 24º
Contingente Brasileiro para a Missão das Nações Unidas para a Estabilização no
Haiti (MINUSTAH). De acordo com o comandante do 24º Batalhão de Infantaria de
Força de Paz (BRABAT 24, sigla em inglês), o coronel José Arnon dos Santos
Guerra, após quatro meses de treinamento, a tropa está preparada para cumprir
sua missão no Haiti, a partir do dia 20 de maio. “Estamos aqui com 673 homens e
concluímos o período de estágio avançado de paz”, comentou o coronel Guerra.
O
treinamento militar teve por objetivo avaliar o preparo, o adestramento e a
eficiência profissional de homens e mulheres em uma operação de paz e contou
com a orientação de observadores do Centro Conjunto de Operações de Paz
(CCOPAB) do Ministério da Defesa (MD). As atividades simuladas, e com o apoio
da 3ª Brigada de Infantaria Motorizada, de Cristalina, buscaram reproduzir os
possíveis cenários encontrados em solo haitiano, e preparando os militares em
situações com as quais a tropa brasileira poderá se deparar. Para o chefe de
Operações Conjuntas do MD, general Gerson Menandro Garcia de Freitas, o Brasil
tem uma tradição muito longa em operações de paz, considerado um dos países
mais conceituados em todo o mundo. “Um dos motivos disso, além do próprio
brasileiro ser muito solidário e com espírito de ajudar o próximo, isso se
baseia também na excelência do preparo” afirmou o general Menandro.
As atividades simuladas em Cristalina buscaram reproduzir os possíveis cenários encontrados em solo haitiano |
Simulação
O treinamento contou com o apoio de
professores de creole, idioma falado no Haiti, que ajudaram cerca de 100
figurantes a dar realismo nas cenas de manifestação política e confrontos com
as forças de paz. Além dos avaliadores do CCOPAB, oficiais da África do Sul,
México e Moçambique acompanharam o desenvolvimento das atividades. O ponto de
partida para o distúrbio simulado foi o confronto entre dois grupos antagônicos
que se enfrentaram. Posteriormente, os dois grupos voltaram-se contra os
militares da força de paz das Nações Unidas, conhecidos também por capacetes
azuis. O exercício da tropa foi justamente controlar os rebeldes e pacificar a
área e trazer estabilidade ao ambiente.
A tenente Hanna irá compor o contingente no Haiti |
A segunda tenente Hanna Kurrihara irá
compor o próximo contingente no Haiti e, segundo a médica, o exercício foi
proveitoso por trazer experiências que podem ser vivenciadas no país. “É
importante o profissional de saúde participar desse treinamento. Eu entrei no
Exército também com o objetivo de participar de uma missão de paz e ajudar
outras pessoas.” Para o primeiro
tenente Alan Cerqueira Viana Pio, que já participou no ano passado da Operação
São Francisco, no Rio de Janeiro, o sonho de todos os militares que se
formam na Academia das Agulhas Negras (AMAN) é participar de um treinamento que
tenha maior nível de realidade possível. “Nós treinamos bastante e quando
conseguimos colocar em prática os ensinamentos é uma realização profissional
enorme”, complementou o militar.
FONTE: Ministério da Defesa
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