Por: Redação OD
O Acordo de Cooperação no
Campo da Defesa firmado pelo Brasil com os Emirados Árabes Unidos foi aprovado
nesta quarta-feira, 19, na Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional
(CREDN), da Câmara dos Deputados, que acatou o parecer do deputado Miguel
Haddad (PSDB-SP). A decisão ocorre um mês após a visita ao Brasil do ministro
dos Negócios Estrangeiros dos Emirados Árabes, Xeique Abdullah Bin Zayed Al
Nahyan, quem manifestou interesse em abrir um escritório no Brasil para tratar
dos assuntos de Defesa.
Na ocasião, Zayed Al Nahyan reuniu-se com o ministro da
Defesa, Raul Jungmann, com quem discutiu o aprofundamento das relações nesta
matéria. De acordo com Jungmann, “temos interesse em contar com militares dos
Emirados Árabes em escolas de formação militar no Brasil e também em adquirir a
expertise das Forças Armadas dos Emirados”. O Acordo de Defesa com os Emirados
Árabes firmado em 22 de abril de 2014 é o primeiro do gênero que o Brasil
assina com um país do Oriente Médio.
“Diante do ineditismo da medida, é lícito
supor que o Brasil sairá engrandecido com o aprofundamento dessa relação. Isso
ocorrerá de modo especial, em face do contato com doutrina militar bastante
divergente em relação à nossa, muito marcada pela influência norte-americana e
europeia”, ressaltou Miguel Haddad.
A
cooperação em Defesa com os Emirados Árabes prevê, entre outras ações, um maior
intercâmbio das indústrias de defesa; transferência de tecnologia de defesa;
instrução e treinamento militar; apoio logístico; armamento, produtos de
defesa, equipamentos e serviços; desenvolvimento, estudos e pesquisas
científicas em assuntos de defesa; missões de manutenção da paz das Nações
Unidas; gerenciamento de crises e emergências; e intercâmbio de informações
militares. Segundo Miguel Haddad, “adentrar o Oriente Médio, através dos
Emirados Árabes Unidos, representa incremento substantivo nessa diversificação,
o que nos traz mais segurança para o desenvolvimento de futuros projetos de
interesse dos dois países e, potencialmente, de outros daquela região”.
Fonte: Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional - Câmara dos
Deputados
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